Municípios da Grande Lisboa unem-se para combater pobreza e exclusão social
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) estabeleceu um grupo de trabalho metropolitano dedicado aos assuntos sociais e saúde, que se reuniu pela primeira vez na sede da AML em Lisboa. Esta iniciativa surge na sequência da cimeira das áreas metropolitanas de junho de 2024, que destacou o combate à pobreza e a integração de pessoas em situação de sem-abrigo como prioridades.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) deu um passo significativo na promoção da coesão social e melhoria dos serviços de saúde ao criar um grupo de trabalho metropolitano focado em assuntos sociais e saúde. A primeira reunião deste grupo ocorreu recentemente na sede da AML, em Lisboa, reunindo representantes políticos e dirigentes dos 18 municípios que compõem a região metropolitana.
Esta iniciativa resulta da cimeira das áreas metropolitanas realizada em junho de 2024, onde foram identificados o combate à pobreza e a integração das pessoas em situação de sem-abrigo como áreas de atuação prioritárias. A coordenação do grupo está a cargo do secretário metropolitano Emanuel Costa, que enfatizou a importância de uma abordagem conjunta e coordenada para enfrentar estes desafios sociais.
Durante a reunião, Sandra Araújo, coordenadora da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2022–2025, apresentou o plano de ação que visa reduzir a taxa de pobreza para 10% até 2030. Para alcançar este objetivo, será necessária uma redução média de cerca de 100.000 pessoas por ano em situação de pobreza. Além disso, pretende-se diminuir para metade a taxa de pobreza entre crianças e trabalhadores até 2030, representando uma redução de 170.000 crianças e 230.000 trabalhadores nesta condição.
Em alinhamento com esta estratégia nacional, a AML prepara uma carta de compromisso que será debatida e aprovada, reforçando o compromisso regional no combate à pobreza.
Henrique Joaquim apresentou a Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo 2025–2030, destacando a necessidade de uma coordenação metropolitana para abordar eficazmente este problema. Atualmente, estima-se que cerca de 3.400 pessoas na região estejam sem casa, vivendo em quartos ou outras estruturas de acolhimento, e aproximadamente 1.500 estejam sem teto, vivendo na rua. A AML pretende implementar uma abordagem abrangente e multidisciplinar, melhorando os processos de identificação e intervenção em todos os municípios para salvaguardar o direito a uma vida digna e à inclusão plena na comunidade.
Adicionalmente, são estabelecidos contactos com a Fundação Calouste Gulbenkian para a realização de uma conferência sobre políticas sociais de combate à pobreza e exclusão social, prevista para maio próximo. Também está em preparação uma colaboração com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa para a apresentação de um curso sobre gestão autárquica na saúde, visando capacitar os municípios na melhoria dos serviços de saúde locais.
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