Município de Palmela sob pressão: Obras paradas e problemas locais marcam Assembleia Municipal descentralizada
Obras paradas e investimento autárquico esteve na ordem do dia da Assembleia Municipal de Palmela.

A reunião descentralizada da Assembleia Municipal de Palmela, realizada na Quinta do Anjo a 26 de setembro de 2024, trouxe à tona diversas questões cruciais para os residentes da freguesia, com pedidos de esclarecimento direcionados ao Presidente da Câmara sobre o atraso em obras e serviços locais.
Obras prometidas sem avanço desde 2021 estiveram entre os temas mais destacados, com a colocação da questão por parte do PPD-PSD sobre a ideia de construção de um polidesportivo e de uma piscina, proposta discutida e aprovada pela Assembleia de Freguesia da Quinta do Anjo em 2021, mas que, até hoje, não viram nenhum progresso. Colín Marques, membro da Assembleia pelo PPD-PSD, questionou o executivo sobre o andamento desse projeto-proposta, ressaltando a importância dessas infraestruturas para a freguesia. O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, esclareceu que, apesar da aprovação pela Assembleia de Freguesia, essas obras não fazem parte do plano de mandato do município, motivo pelo qual não houve avanços.
Já mais a poente, a questão foi o teatro São Gonçalo que continua fechado e sem previsão, outro ponto abordado por Colín Marques que quis saber em que ponto de situação está as obras de requalificação do Teatro São Gonçalo, situado em Cabanas, que permanece encerrado apesar de ter sido adquirido pela autarquia há vários anos. Segundo o edil palmelense, já foi feito um levantamento e um estudo preliminar para a reabilitação do espaço, mas não existe um compromisso político para a execução das obras. A autarquia espera apresentar o estudo prévio à população durante a semana da Freguesia de Quinta do Anjo que se realizará em 2025.
A redução das trotinetes elétricas levantou preocupações ao membro do PPD-PSD, sendo o seu terceiro problema a ser levantado nesta assembleia, a ausência de trotinetes elétricas da Bolt, uma alternativa de micromobilidade que havia sido disponibilizada na Quinta do Anjo. Colín Marques questionou a falta de trotinetes em comparação com outras localidades, ao que o presidente explicou que o número de veículos foi reduzido devido a atos de vandalismo e ao não cumprimento das zonas de estacionamento estabelecidas. Houve, assim, uma reavaliação da rede, com menos trotinetes visíveis, mas com um aumento de bicicletas elétricas.
Tânia Ramos, do Bloco de Esquerda, trouxe à discussão a construção do novo Centro de Saúde da Quinta do Anjo, que também se encontra num impasse. O projeto está pronto, mas os custos de construção aumentaram significativamente desde que o protocolo de financiamento foi assinado, passando de 2 milhões para 2,8 milhões de euros. Álvaro Amaro afirmou que está em conversações com o ministério da Saúde para rever o financiamento e garantir que a obra avance.
Problemas de gestão no Palmela Village foi outra das preocupações levantadas nesta assembleia pelo BE, uma preocupação relevante, a situação do Palmela Village, cujo título de aldeamento turístico foi ‘caçado‘, deixando os moradores sem acesso claro à gestão das contas do condomínio. A empresa Ravina do Tempo, responsável pela administração, não tem fornecido informações claras aos residentes, gerando incertezas quanto à manutenção dos serviços essenciais, como o fornecimento de energia elétrica nas garagens subterrâneas. Além disso, a falta de contentores de lixo adequados provoca a acumulação de resíduos nas ruas.
O presidente da Câmara reconheceu a complexidade da situação no Palmela Village e explicou que o município tem assumido, gradualmente, a gestão de alguns serviços, como o fornecimento de água e a recolha de resíduos. A solução definitiva para a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais), que enfrenta graves problemas, continua a ser estudada, e a autarquia aguarda uma decisão da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
A reunião evidenciou várias áreas problemáticas no concelho de Palmela, especialmente na Quinta do Anjo, onde a população aguarda respostas concretas para infraestruturas essenciais que têm sido adiadas.
A autarquia reconheceu a maioria dos problemas, mas indicou que muitos dos projetos dependem de questões financeiras e de validação por parte do governo central.
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