Opinião

Mulheres, venham daí!

Marta Raimundo

Sim, sim e sim, este artigo é exatamente isso que estão a pensar: um convite.

Nos últimos anos, temos assistido a um crescente debate sobre a presença das mulheres na política. As quotas são necessárias? Há temas que os homens não sabem falar? Estas e outras questões têm sido alvo de diálogo, mas não é sobre elas que me quero insurgir.

Há uma questão fundamental que continua a ser ignorada: a verdadeira necessidade de termos mais mulheres ativamente envolvidas no processo político e de decisão não apenas por questões de igualdade ou equidade, mas por uma razão mais profunda e transformadora que é a diversidade de pensamento.

Sim, porque as mulheres e os homens não são iguais. E está tudo bem. E ainda bem.

Historicamente, as mulheres foram excluídas dos principais espaços de decisão, em que ainda hoje a percentagem de participação em Portugal é baixa.

Por muitos anos, a política foi, assim, dominada e determinada por uma visão masculina, o que resultou em decisões muitas vezes distantes das necessidades reais de todos os cidadãos, especialmente das mulheres, nomeadamente no que concerne à área da Saúde – uma grande bandeira do mandado corrente da Comissão Política Nacional da Juventude Popular.

Como já referi, a presença feminina na política não se resume a uma questão de representatividade, mas a uma questão de perspetiva. O raciocínio das mulheres, as suas vivências e experiências trazem uma riqueza de compreensão que não pode ser ignorada. Facto é que, o pensamento feminino, quando inserido nos debates políticos, oferece um contraste útil com o pensamento masculino.

A Juventude Popular tem um papel crucial na renovação da política. É na juventude que se forjam as grandes transformações, e é nela que a luta por uma Sociedade mais justa e equilibrada começa. Para que essa transformação seja verdadeiramente abrangente, é, então, imperativo que as mulheres se juntem ao movimento, assumindo lugares de liderança e de participação ativa.

De notar que numa juventude partidária com 50 anos de história, assinala-se, pela primeira vez, o Dia Internacional da Mulher, com uma Presidente mulher. Isto só mostra que a história se escreve todos os dias e este é mais um capítulo.

É por a política precisar de mulher competentes, com contribuições ricas, que vos desafio a vir, também, fazer parte desta história.

Na estrutura concelhia da Juventude Popular de Setúbal, vemos com clareza a necessidade de ter mais mulheres ativas. Juntem-se a mim. Quero que venham colaborar, questionar, ajudar a criar soluções duradouras, quero que se façam ouvir.

O nosso lugar tem de ser numa casa que nos defende e protege, nunca que faz de nós mera bandeira e que à primeira oportunidade nos deixa para trás. Essa casa é a Juventude Popular.

Mulheres, venham daí! Um feliz dia a todas!


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