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Montijo vai abrigar ‘temporariamente’ imigrantes identificados pelas autoridades em mega-operação

Imigrantes vão ficar temporariamente alojados no local

O Pavilhão Desportivo dos Bombeiros Voluntários do Montijo vai receber 85 dos imigrantes que esta quarta-feira foram identificados pelas autoridades na megaoperação de combate às redes criminosas associadas à captura ilícita, comércio e tráfico internacional de bivalves, que incidiu nos concelhos de Alcochete e Montijo.

A Proteção Civil Municipal do Montijo está a trabalhar em articulação com outras entidades, como a Cruz Vermelha, que irá instalar no Pavilhão uma Zona de Concentração de Apoio à População (ZCAP).

“A Câmara Municipal do Montijo vai receber os cerca de 80 imigrantes que estavam alojados num antigo restaurante onde se realizavam casamentos, na zona limítrofe do concelho” explicou ao Diário do Distrito o presidente Nuno Canta.

O pavilhão desportivo dos Bombeiro “era o único espaço que temos disponível no momento para dar resposta à solicitação que nos foi feita pela Segurança Social, mas esta é uma resposta muito temporária, porque a resposta definitiva para esses imigrantes caberá sempre à Segurança Social e ao Estado”, frisa o autarca.

“A situação está relacionada com a apanha ilegal de ameijoa, sobre a qual se criou uma rede organizada de chegada de pessoas ao nosso país.

No caso do Montijo, estes imigrantes que vamos receber estavam alojados num antigo restaurante muito perto do limite geográfico do Samouco, um espaço bastante grande onde se realizavam casamentos, mas estes imigrantes viviam em camaratas sem condições.”

O autarca relembra que no passado “a zona ribeirinha do Montijo também teve vários problemas com esse tipo de apanha ilegal, que foi colmatada com a ajuda das autoridades, e da legalização documental da prática. Agora tínhamos conhecimento desta situação no Samouco, mas no Montijo estes imigrantes estavam numa área de certa forma isolada e utilizavam circuitos mais ‘escondidos’ para chegarem às praias.”

A operação foi realizada pela Unidade Central de Investigação Criminal (UCIC) da Polícia Marítima e estiveram empenhados no terreno 161 agentes da Polícia Marítima, acompanhados por 22 inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), inspetores da Autoridade Tributária e cerca de uma centena de operacionais da PSP. A operação conta também com a colaboração do Serviço de Informação e Segurança (SIS), no âmbito da análise operacional.

O SEF identificou 243 imigrantes, tendo notificado 9 cidadãos estrangeiros para comparência no SEF, a fim de esclarecer a sua situação em território nacional, e detiveram 4 pessoas.

Esta operação decorre no âmbito de mais de três dezenas de mandados de busca, detenção e apreensão.


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