Montijo

Montijo | Segurança nas escolas marcou reunião do executivo

A reunião do executivo da Câmara do Montijo decorre esta quarta-feira no Grupo Recreativo Desportivo e Cultural das Craveiras, na União de Freguesias de Pegões e Santo Isidro, marcando assim um novo ciclo de reuniões descentralizadas da autarquia.

A reunião iniciou-se com uma declaração da presidente da Câmara Municipal, Maria Clara Silva, com um agradecimento para os Bombeiros e uma palavra de solidariedade para com as populações atingidas pelos fogos em Portugal, e um pequeno balanço sobre a abertura do ano escolar no concelho, com um agradecimento a todos os funcionários e professores.

O agradecimento aos Bombeiros foi secundado pelo vereador da CDU, Joaquim Correia, “porque temos de enaltecer o trabalho que têm feito na defesa das populações e dos seus bens”.

O vereador do PSD, João Afonso aproveitou as declarações da presidente acerca da abertura do ano escolar, para referir “os graves incidentes que ocorreram no segundo dia de aulas, na Escola Poeta Joaquim Serra, onde um aluno de 17 anos agrediu de forma grave outro aluno, sendo que o agressor está referenciado pela GNR por ser uma daquelas ‘pessoas mesmo boas’. Hoje, o pai do aluno agredido decidiu ir à escola e fazer justiça pelas próprias mãos. É assim que abriu o ano escolar naquela escola, com pancaria.”

Ainda sobre as agressões, o vereador frisou que “o aluno agressor é membro do que hoje designamos como gangue, que com outros se dedica a roubar ténis, equipamentos, telemóveis, além de ameaças a outros alunos. Mas perante isto a ‘presidente – vereadora da Educação’, não faz absolutamente nada.”

João Afonso frisou ainda que “o projecto da ‘Escola Segura’ que está implementado também no concelho, conta apenas com 6 militares da GNR e 2 agentes da PSP com uma viatura a cair aos bocados”.

Maria Clara Silva respondeu ao vereador João Afonso, explicando que “até ao dia 24 de julho fui vereadora da Educação e assumirei sempre as minhas responsabilidades. O senhor só pretende enxovalhar, com essa conversa de presidente/vereadora, porque não quer resolver nada.”

Contrapondo as declarações do vereador sobre a Escola Poeta Joaquim Serra, Maria Clara Silva frisou que “nenhum presidente de Câmara tem o direito de entrar numa escola e intervir nestas questões, que têm de ser tratadas pelo Agrupamento, pelo Ministério da Educação e pelas forças de segurança.

É preciso esclarecer as pessoas, porque o senhor diz mentiras atrás de mentiras e é preciso elucidar que as autarquias só têm responsabilidade de fazer obras e contratar funcionários.

Também andou a rondar a escola de Sarilhos o fim-de-semana todo, fez vídeos e diretos e por isso não fomos lá à abertura, porque não o fazemos para nos mostrar, e sobre os seus argumentos da falta de segurança e da queda de uma funcionária, acontece que a senhora tropeçou na rampa de acesso para cadeira de rodas, e sofreu escoriações leves, já estando ao serviço. Mas o senhor quis fazer um caso do ocorrido e chamou ao local o INEM e fez teatro, porque não se sabe comportar como um político.”

Marina Barrento, vereadora da Educação, referiu a reunião mantida com a GNR sobre assuntos como os despejos ilegais de lixos, “em que se disponibilizaram a aumentar o policiamento na Estrada Real”, e “relativamente à ‘Escola Segura’, tive a mesma disponibilização por parte dos militares, que estiveram na EB2 de Sarilhos, para mostrar aos alunos que estavam presentes, pelo que agradeço à GNR do Posto Territorial do Montijo e à PSP, pelo apoio que nos tem dado.”

A vereadora deixou ainda um comentário sobre “o tipo de violência que mais se sente no concelho do Montijo, segundo o RASI – Relatório Anual de Segurança Interna, e os dados indicam que é a violência doméstica o maior crime no concelho, e o maior tipo de crime de homicídio, é contra as mulheres.

Não é gangues, ou crianças contra outras, que servem de argumento para muitas das sessões, mas desafio todos a consultarem o RASI, para verem o que lá está e isso obriga-nos a uma reflexão diária.”

Também o vereador Ilídio Massacote (PSD) mencionou o assunto levantado pelo vereador social-democrata para afirmar que “a responsabilidade de violência dentro de uma escola, tal como na rua, é ao agrupamento que coordena com as escolas.”

Dirigindo-se ao vereador João Afonso, considerou que “já começa a ser um bocadinho desgastante virmos para as reuniões de Câmara com a mesma demagogia, populismos e mentiras, que repugnam todos os portugueses quando assistem aos debates na Assembleia da República”.


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