Montijo

Montijo: Auditoria revela falhas na Escola Profissional e gera debate aceso na Câmara

Uma auditoria forense solicitada pela Câmara Municipal do Montijo à gestão da Escola Profissional revelou deficiências graves no controlo interno, gerando um intenso debate político e acusações cruzadas sobre a idoneidade da administração da instituição.

A Câmara Municipal do Montijo recebeu, a 5 de julho de 2023, uma denúncia anónima sobre alegadas irregularidades na gestão da Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo (AFPDM). As acusações envolviam fraude, corrupção e gestão danosa e chegaram ao conhecimento dos vereadores da CDU e do vereador João Afonso (PSD), que tornou público o conteúdo da queixa numa reunião da Câmara Municipal.

Face à gravidade das acusações, a autarquia contratou uma empresa especializada para realizar uma auditoria forense. O resultado desta auditoria, no entanto, não confirmou indícios de corrupção, fraude ou gestão danosa, mas apontou falhas graves no controlo interno da instituição. O documento destaca a falta de atas de reuniões, a inexistência de registos formais de decisões administrativas e a contratação de serviços externos para funções que poderiam ser desempenhadas por funcionários da própria escola.

Outro ponto que gerou polémica foi a utilização indevida de viaturas e combustível da escola por terceiros. Segundo o relatório, um indivíduo sem vínculo formal com a escola conduzia viaturas da instituição e utilizava o cartão de combustível para fins particulares, realizando percursos que incluíam deslocações para serviços privados. O vereador João Afonso classificou a situação como “um escândalo”.

A presidente da Câmara, Maria Clara, rebateu as críticas, alegando que o relatório não comprova qualquer crime, mas admitiu a existência de “informalidades que devem ser corrigidas”. A autarquia garantiu que trabalha para implementar um controlo interno mais rigoroso, assegurando transparência na gestão da Escola Profissional do Montijo.

O debate sobre o relatório promete continuar, com a CDU também a solicitar acesso ao documento para uma análise independente. Enquanto isso, o caso já se encontra sob a apreciação do Ministério Público, que poderá determinar eventuais responsabilizações.


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2 Comentários

  1. Comecem por fazer uma auditoria às habilitações dos funcionários e dos formadores /professores da escola profissional. A maior parte não tem habilitações legais, entraram por cunha…