Ministro das Finanças revela despesas extraordinárias do Governo anterior
O atual Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, anunciou hoje que o governo anterior aprovou despesas extraordinárias no montante de 2,5 mil milhões de euros, sem contemplação no Orçamento do Estado para 2024. Esta revelação ocorreu durante a conferência anual das Associações de Crédito Especializado (ASFAC), onde Sarmento criticou o governo anterior por esta gestão financeira.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, não poupou críticas ao governo anterior durante a conferência anual das Associações de Crédito Especializado (ASFAC). O ministro declarou que o governo anterior, liderado pelo Partido Socialista (PS), realizou despesas extraordinárias no valor de 2,5 mil milhões de euros, que não estavam previstas no Orçamento do Estado para 2024. Sarmento destacou que algumas dessas despesas foram aprovadas após as eleições legislativas de 10 de março, que resultaram na vitória da coligação AD (PSD/CDS-PP/PPM).
“Estamos a falar de 2,5 mil milhões de euros que não estavam no documento que a Assembleia da República aprovou no Orçamento do Estado”, afirmou Sarmento durante o evento. O governante também destacou que 960 milhões de euros dessas despesas extraordinárias foram aprovadas após as eleições legislativas de março.
Sarmento criticou ainda a aprovação de 116 resoluções de Conselho de Ministros pelo governo anterior, das quais 42 não tinham cabimento orçamental. O ministro das Finanças calcula que essas medidas tenham um custo de 1.200 milhões de euros, que deverão ser suportados pela reserva orçamental, a qual ele descreve como “bastante descapitalizada“.
Apesar dessas revelações, Sarmento assegurou que o atual governo está empenhado em cumprir os compromissos assumidos. O governante destacou ainda a importância de um “maior esforço, rigor e controlo orçamental” para manter a ambição de terminar o ano com um saldo orçamental positivo.
Por fim, o ministro das Finanças reiterou o compromisso do governo com o reformismo, o crescimento económico, a inovação e a melhoria dos salários, mesmo diante do contexto de instabilidade e incerteza.
A semana passada, Sarmento e o antecessor na pasta, Fernando Medina, já haviam trocado acusações devido aos dados da execução orçamental do primeiro trimestre, evidenciando a tensão entre os governos sucessivos relativamente à gestão financeira.
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