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Ministra da Saúde vai ao Parlamento sob pressão para explicar situação das urgências hospitalares

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, será ouvida no Parlamento para explicar a polémica situação das urgências hospitalares do SNS e a transferência da gestão para as Misericórdias.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, será ouvida no Parlamento, após aprovação de pedidos de audição apresentados pelas bancadas do BE, Chega e PS, devido à crescente polémica em torno das urgências hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e à transferência de gestão hospitalar para as Misericórdias.

As solicitações, aprovadas pela Comissão de Saúde, refletem preocupações sobre as limitações de acesso ao SNS e o modelo de pré-triagem telefónica implementado nas urgências. Segundo o BE, esta medida tem criado obstáculos significativos ao acesso dos cidadãos aos serviços essenciais. O partido destaca que, em várias urgências gerais, pediátricas e obstétricas, é agora obrigatória uma chamada prévia ao SNS24, situação que descreve como prejudicial e inaceitável.

O Chega, por sua vez, aponta que o sistema de triagem telefónica representa uma ameaça à segurança de grávidas e bebés, afirmando que esta estratégia “mascara o encerramento das urgências”. O partido exige explicações sobre as falhas no atendimento e uma solução estrutural para a crise nos serviços hospitalares.

Já o PS, além de solicitar a audição de Ana Paula Martins, pediu também explicações ao diretor-executivo do SNS, Gandra D’Almeida, e ao Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, com foco nas falhas de acesso às urgências hospitalares, como o encaminhamento de pacientes para unidades encerradas e a dependência do SNS24.

A ministra será igualmente chamada a justificar as recentes demissões nas administrações das Unidades Locais de Saúde (ULS) de Santarém, Portalegre e Leiria, ocorridas sem uma explicação clara, e a transferência de hospitais do SNS para as Misericórdias, medida anunciada pelo primeiro-ministro em dezembro.

Com esta audiência, o Governo enfrenta um dos momentos mais críticos na gestão do SNS, pressionado a oferecer soluções claras e transparentes para uma crise que afeta milhares de cidadãos em todo o país.


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