Ministra alerta para falhas na obstetrícia da Península de Setúbal e promete soluções

A ministra da Saúde reconheceu haver um problema de segurança na obstetrícia da Península de Setúbal e garantiu que será feito tudo para o Centro Materno-Infantil avançar. O tema foi abordado esta terça-feira na comissão parlamentar de saúde, onde Ana Paula Martins deixou claro que “obrigar mulheres a atravessar a ponte é um risco que não podemos correr”.

Apesar das dificuldades, a ministra assegurou que nenhuma maternidade será encerrada na região. No entanto, admitiu ainda não ter um plano fechado sobre como será organizada a urgência obstétrica.

Outro ponto alarmante apontado pela ministra foi o facto de a Península de Setúbal registar a mais alta taxa de mortalidade materno-infantil do país. Ana Paula Martins atribui este cenário, em parte, à elevada incidência de gravidezes não vigiadas, frisando que, apesar de não ser o único fator, é um dos principais.

Em resposta a Paula Santos, deputada do PCP, a governante reforçou que o regime de dedicação plena dos médicos, criado pelo anterior Governo, tem potencial e deve ser mantido. Segundo Ana Paula Martins, 9.839 médicos já aderiram ao modelo, dos quais 5.690 são hospitalares e 4.149 pertencem à medicina familiar.

A ministra afastou ainda a possibilidade de implementar um modelo de exclusividade para os profissionais de saúde, defendendo que os médicos não estão interessados nessa solução e o atual regime ainda tem margem para crescimento.

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