Miguel Oliveira despede-se de Portugal com emoção e um legado inesquecível em MotoGP
O piloto português Miguel Oliveira vai correr pela última vez diante do público nacional em MotoGP, no Grande Prémio de Portugal, encerrando um ciclo marcante da sua carreira antes de rumar ao Mundial de Superbikes.
Miguel Oliveira, natural de Almada e com 30 anos, prepara-se para uma despedida carregada de simbolismo no Autódromo Internacional do Algarve. Este fim de semana, o piloto português participa pela última vez no Grande Prémio de Portugal em MotoGP, naquela que será a sua derradeira corrida em casa antes de abraçar um novo desafio no Mundial de Superbikes, em 2026, ao serviço da BMW.
Em sete temporadas na categoria ‘rainha’ do motociclismo, o nome de Miguel Oliveira tornou-se sinónimo de talento e persistência. Foi precisamente em Portimão, em 2020, que viveu um dos momentos mais marcantes da sua carreira, conquistando uma vitória histórica para Portugal. Nesse ano, o piloto dominou por completo a corrida: partiu da ‘pole position’, liderou todas as voltas e registou ainda a volta mais rápida.
Mas o traçado algarvio também testemunhou momentos de dor. Em 2023, uma colisão com Marc Márquez logo na primeira volta deixou o português lesionado, afastando-o de várias provas. Agora, Márquez não marcará presença devido a nova lesão, e Oliveira regressa a Portimão determinado em encerrar esta etapa com dignidade e emoção.
Ao longo da carreira em MotoGP, o piloto luso somou 115 corridas, cinco vitórias — Estíria, Algarve, Catalunha, Indonésia e Tailândia —, sete pódios e uma ‘pole position’. Em 2022, ainda ao serviço da KTM, brilhou com um quinto lugar no AIA, o seu melhor resultado depois da vitória de 2020. Já com a Aprilia, no ano passado, terminou em 12.º lugar no sprint e em nono na corrida principal.
Este ano, a sorte voltou a não estar do lado do almadense. Uma queda na Argentina, logo na segunda prova, provocou-lhe uma lesão no ombro direito e afastou-o de três corridas consecutivas — os Estados Unidos, Qatar e Espanha —, condicionando toda a primeira metade da temporada. A Yamaha acabou por acionar a cláusula de desempenho que permitiu a saída antecipada do português, cujo contrato se estendia até 2026.
Miguel Oliveira integra um restrito grupo de apenas quatro pilotos que já venceram no AIA, ao lado de Fabio Quartararo, Francesco Bagnaia e Jorge Martin. A prova deste fim de semana, a 21.ª das 22 rondas do campeonato, representa o adeus de um dos maiores nomes do desporto motorizado português ao MotoGP — e a promessa de novos voos na próxima fase da carreira.
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