A sinistralidade rodoviária em Portugal registou 475 vítimas mortais em 2024, um número que representa menos 45 mortes face a 2019, segundo o balanço provisório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Apesar desta redução, o relatório evidencia um aumento preocupante de 143 feridos graves no mesmo período, num total de 2.675 casos registados. Já os feridos ligeiros diminuíram significativamente, com menos 1.634 ocorrências, contabilizando 43.319 feridos leves no ano.
A maioria das vítimas — incluindo mortes, feridos leves e graves — ocorreu no território continental, sendo os distritos de Beja, Leiria, Coimbra e Braga os mais afetados pelo aumento de sinistralidade grave. Por outro lado, locais como Vila Real, Castelo Branco e Viana do Castelo destacaram-se pela redução dos indicadores.
Comparando com 2023, houve um aumento de 69 feridos graves e 431 feridos leves, enquanto o número de vítimas mortais caiu para menos seis pessoas. A ANSR sublinha, no entanto, uma evolução positiva no comportamento dos condutores, com uma redução global de 43,4% na taxa de infração.
No que diz respeito às infrações, a excesso de velocidade continua a liderar com 67,9% do total, enquanto as relacionadas com inspeções periódicas somaram 5,7%. Curiosamente, as infrações por excesso de velocidade subiram 2,2%, enquanto as de inspeção periódica caíram 0,7% relativamente ao ano anterior.
A fiscalização em 2024 intensificou-se, com mais de 250,1 milhões de veículos inspecionados, sendo que 95,6% das verificações foram feitas pelos radares SINCRO, responsáveis por detetar 700 mil infrações por velocidade, correspondendo a uma taxa de infração de 0,28%.
A condução sob efeito de álcool também mostrou sinais de melhoria, com uma redução de 13,1% na taxa de infração. Foram realizados 1.848.764 testes de deteção de álcool em condutores. As detenções relacionadas com criminalidade rodoviária também diminuíram, com um decréscimo de 26%, totalizando 26.737 casos.
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