Manifestantes em Lisboa clamam por justiça contra violência policial
Centenas de manifestantes marcharam em Lisboa exigindo justiça para as vítimas de violência policial, incluindo Cláudia Simões, cujo caso tem gerado grande repercussão.
Este sábado, cerca de 600 pessoas participaram de uma marcha entre o Estabelecimento Prisional de Lisboa e o Martim Moniz, em protesto contra a violência policial. Sob o lema “E se fosse contigo?”, o evento foi organizado por movimentos antirracistas, que além de condenar a brutalidade policial, exigiram a revogação da sentença de Cláudia Simões.
Simões foi condenada por morder o agente da PSP, Carlos Canha, durante um incidente ocorrido em janeiro de 2020 na Amadora. A discussão começou quando a filha de Cláudia, então com 8 anos, esqueceu-se do passe de transporte público, o que levou a um confronto verbal entre passageiros e o motorista. A polícia foi chamada, resultando na detenção de Simões e na posterior circulação de vídeos nas redes sociais mostrando a violência envolvida no ato.
O tribunal de Sintra condenou Cláudia Simões a uma pena suspensa de oito meses de prisão, por ofensa à integridade física qualificada, enquanto o polícia envolvido no caso foi absolvido das acusações de agressão. Contudo, o agente Carlos Canha foi posteriormente condenado por agredir outros dois cidadãos durante o mesmo evento, também com pena suspensa.
Além de reivindicar justiça por Simões, o protesto também lembrou os trágicos óbitos de Danijoy Pontes e Daniel Rodrigues, ocorridos em setembro de 2021 no Estabelecimento Prisional de Lisboa, cujas mortes continuam a suscitar questionamentos sobre as condições dos reclusos.
Os manifestantes exibiam faixas com dizeres como “A nossa paixão pela liberdade é mais forte que as vossas grades”, num grito contra as prisões e a violência do sistema policial e judiciário.
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