Mais de trinta militantes saem do PAN mas Partido sustenta que filiações estão a aumentar
Mais de trinta militantes apresentaram desfiliação

Mais de trinta militantes do PAN – Pessoas-Animais-Natureza apresentaram a sua desfiliação do Partido no dia 1 de novembro, «data em que se assinala o Dia Mundial do Veganismo, num carácter simbólico e ético» conforme avança o comunicado enviado ao Diário do Distrito.
Entre estes estão antigos dirigentes nacionais e regionais, autarcas e ativistas, como a antiga deputada Bebiana Cunha e Miguel Queirós, que presidiu o Conselho de Jurisdição Nacional, formalizando sua desfiliação, «a partir de uma posição conjunta».
Estes militantes que «esta decisão não é tomada de ânimo leve e que surge após um longo e necessário período de reflexão individual que culminou na vontade coletiva de retirada da participação política no atual PAN».
No comunicado, relembram que em julho de 2025, mais de uma centena de pessoas filiadas militantes e simpatizantes subscreveu uma carta aberta à direção do partido, alertando para vários problemas internos que estavam a conduzir o PAN a uma confusão e vazio ideológicos.
«O conjunto de pessoas que agora anuncia a sua saída, fá-lo porque considera que, por motivos de coerência ideológica, ética e de consciência pessoal, não podem permanecer filiados neste partido», afirmam, embora garantindo que a «decisão não é de rutura com os ideais que nos trouxeram ao PAN, mas de coerência com eles».
Em causa está «a postura de quem decide no partido, a desresponsabilização permanente perante as decisões que tomam, a atribuição de responsabilidades aos outros, conduziu-nos ao ponto da inaceitabilidade de permanência», afirma Bebiana Cunha, citada no documento.
«A esta desfiliação conjunta somam-se também, muitas outras que têm ocorrido desde as últimas eleições, sem que tenha havido da parte da direção qualquer sinal de autoavaliação e responsabilidade sobre posições internas, rumo e futuro do partido.»
Também citado, Miguel Queiróz afirma que «o PAN deixou de ser quem era – a única plataforma em que as causas e o ativismo comprometido alguma vez convergiram numa estrutura representativa politicamente organizada, a única verdadeira novidade que nos últimos 10 anos em Portugal foi capaz de congregar o entusiasmo e mobilizar a esperança de dezenas de milhares de portuguesas e portugueses».
Inês Sousa Real foi eleita em 2023, com cerca de 73% dos votos do congresso, numa lista que desde então foi perdendo elementos «que apontaram repetidamente falta de democracia interna».
Os militantes cessantes adiantam também que, de acordo com os estatutos em vigor do Partido, já deveria ter sido realizado o congresso eletivo em maio de 2025, o que até ao momento ainda não aconteceu, não tendo sequer sido anunciado para acontecer em 2025.
No mesmo dia, a Secretaria de Comunicação do PAN – Pessoas-Animais-Natureza emitiu também um comunicado, no qual garante ter «vindo a registar um aumento constante e consistente no número de novas filiações, refletindo o dinamismo e a atratividade do partido junto de novos rostos, novas ideias e de uma geração de cidadãos que se identifica com os princípios de justiça social, proteção animal e sustentabilidade ambiental».
Na mesma nota de imprensa, frisam que «este movimento representa uma renovação natural e saudável nas estruturas do partido, que continua a crescer, a reinventar-se e a afirmar-se como um espaço político coerente, participativo e com futuro».
Já sobre as desfiliações, esclarece tratar-se de «militantes que se encontravam afastados da vida ativa do partido há vários meses e anos, acaba por ser um processo de formalização de desligamentos pessoais que ocorre naturalmente mas também que algumas destas pessoas apesar de ainda estarem formalmente filiadas no PAN integraram listas de candidaturas concorrentes à do PAN, noutros casos manifestando publicamente apoio a outros partidos nas últimas eleições autárquicas violando os Estatutos e desrespeitando o trabalho dos demais militantes.
A decisão de saída agora formalizada traduz apenas o encerramento natural de um ciclo pessoal e político que já se encontrava esgotado.»
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Os militantes que dizem que estão a aumentar, estão a contar com a inscrição dos javalis que andam à deriva em Setúbal.
Gente frustrada que não consegue lugar remunerado porque o Partido não tem possibilidade de ter um grupo parlamentar que o justifique legalmente….assessores…etc….vão procurar trabalho remunerado fora da política
Passou de moda