João Couvaneiro garante a Assembleia Municipal de Almada
João Couvaneiro, antigo braço-direito de Inês de Medeiros e atual professor universitário, vai ser o novo presidente da Assembleia Municipal de Almada, num cenário político explosivo marcado pela queda do PS, pela subida do Chega e pela fragmentação partidária que promete agitar os próximos quatro anos.

João Couvaneiro será o novo presidente da Assembleia Municipal de Almada
Em resultado das eleições autárquicas realizadas no último domingo, 12 de outubro de 2025, o Partido Socialista voltou a sair vencedor na Assembleia Municipal de Almada. Com isso, João Couvaneiro, professor universitário e ex-vice-presidente da Câmara Municipal, foi indicado para presidir o órgão deliberativo local.
Perfil do novo presidente
João Couvaneiro já desempenhou funções de relevo na vida política local: foi vice-presidente da Câmara durante o primeiro mandato de Inês de Medeiros. Atualmente, ele é docente e dirige o Departamento de Inovação Pedagógica e E-Learning na Egas Moniz School of Health & Science. Sucede Ivan Gonçalves, que deixa a presidência da Assembleia Municipal para integrar o executivo como vereador municipal.
Resultado eleitoral e equilíbrio político
Nas eleições para a Assembleia Municipal:
- O PS conquistou 27 % dos votos, fazendo dele a força partidária mais votada no concelho (embora com percentagem inferior à que obteve para a Câmara, com 29 %).
- Esta votação representa uma queda de cerca de 8 pontos percentuais em relação às eleições de 2021, nas quais o PS havia reunido cerca de 35,6 %.
- A CDU, com Amélia Pardal como candidata, ficou em segundo lugar, com 19,6 % dos votos e sete mandatos.
- O partido Chega ficou muito próximo, também com sete deputados eleitos, tendo obtido 19,1 % dos votos.
- O PSD desceu para 18,5 % e conta com seis representantes, com Ana Ribas como cabeça de lista.
- A coligação Almada em Comum, apesar de não ter representação na Câmara, elegeu dois deputados com 5,9 % dos votos (um deles é Jefferson Oliveira).
- A Iniciativa Liberal entrou pela primeira vez na Assembleia Municipal, elegendo Marta Pereira com 4 % dos votos.
- Já o PAN e o CDS não lograram eleger representantes, ficando de fora.
Essa dispersão de forças revela um panorama mais fragmentado que em anos anteriores, o que torna indispensável para o PS estabelecer acordos com a oposição para aprovar propostas e assegurar estabilidade na Assembleia Municipal.
Desafios que se avizinham
Com uma assembleia mais dividida, João Couvaneiro terá de liderar com habilidade política, promovendo o diálogo entre as diversas tendências partidárias. O PS, apesar de liderar, não dispõe de maioria absoluta, o que exigirá negociações constantes para a aprovação de deliberados e projetos municipais.
A nova liderança entra em cena num contexto de expectativas elevadas: os cidadãos de Almada esperam que a Assembleia Municipal funcione como um verdadeiro órgão de fiscalização e de incentivo à participação democrática, sobretudo num momento de desafios institucionais e financeiros para as autarquias.
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