Israel mantém detida cidadã espanhola da flotilha após alegada agressão a enfermeira
Uma ativista espanhola da flotilha humanitária continua detida em Israel, acusada de ter mordido uma enfermeira durante exames médicos numa prisão israelita.
Detenção prolongada por decisão judicial
As autoridades de Israel decidiram prolongar a detenção de uma cidadã espanhola que integrava a flotilha “Global Sumud”, iniciativa que tentou romper o bloqueio marítimo imposto à Faixa de Gaza. Segundo informações avançadas por meios espanhóis e confirmadas por órgãos de comunicação israelitas, a mulher é acusada de agressão a uma enfermeira na prisão, após ter mordido a profissional na mão esquerda durante um exame médico. A enfermeira recebeu tratamento no local por ferimentos ligeiros, segundo consta.
A audiência no tribunal de Beersheba determinou a manutenção da detenção até, pelo menos, quarta-feira, a pedido da polícia. As restantes 48 pessoas de nacionalidade espanhola que também participavam na flotilha já receberam ordem de libertação ou deportação.
Ademais, o governo espanhol informou que está a acompanhar a situação e que a Embaixada de Espanha em Telavive mantém contacto com as autoridades israelitas para garantir apoio consular e jurídico à cidadã detida.
Flotilha humanitária e alegações de maus-tratos
A “Global Sumud”, composta por embarcações de várias nacionalidades, foi intercetada por forças israelitas em águas internacionais no final de setembro. A flotilha dirigia-se para a Faixa de Gaza com o objetivo de entregar ajuda humanitária e denunciar o bloqueio israelita.
Ativistas e organizações de direitos humanos afirmam que vários detidos receberam maus-tratos e tiveram um confinamento solitário, acusações não confirmadas oficialmente por Israel. As autoridades israelitas garantem, pois, que todos os procedimentos legais estão a ser seguidos conforme as normas internacionais.
Por outro lado, em Espanha, organizações pró-palestinianas pediram a libertação imediata da ativista e uma investigação independente às condições de detenção. O governo espanhol optou por ter, para já, uma posição de prudência diplomática, reiterando o respeito pelos trâmites judiciais israelitas.
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