Israel deporta 137 ativistas da flotilha pró-Palestina após interceção naval
Israel anunciou este sábado a deportação de 137 ativistas da flotilha Global Sumud para a Turquia, após dezenas de navios terem sido intercetados. Entre os deportados estão cidadãos de mais de uma dezena de países — o Governo português ainda não tem data para repatriar os seus nacionais.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel confirmou que deportou 137 ativistas que participavam na flotilha pró-Palestina Global Sumud, após terem sido intercetados vários barcos na última quarta-feira. Num comunicado publicado na rede social X, as autoridades israelitas alegaram que pretendem acelerar a expulsão de “provocadores” e acusaram alguns destes de obstruírem deliberadamente o processo legal de deportação.
Os deportados são cidadãos dos Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Suíça, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Marrocos, Kuwait, Líbia, Malásia, Mauritânia e Tunísia.
Contactado pela Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal afirmou que, no momento, não existe data nem hora prevista para o regresso dos cidadãos portugueses envolvidos — entre eles a atriz Sofia Aparício, a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e o estudante Diogo Chaves.
Fontes diplomáticas indicam que os ativistas deportados desembarcaram na Turquia, com relatos de que alguns deles chegaram ao aeroporto de Istambul neste sábado. Nessa chegada, dois dos deportados alegaram que a ativista sueca Greta Thunberg teria sido maltratada durante o processo de detenção — acusações que Israel classificou como “mentiras completas”.
A operação israelita, parte de uma ofensiva mais ampla para reprimir ações consideradas provocatórias junto à costa de Gaza, já motivou críticas internacionais. Organizações de direitos humanos e governos estrangeiros condenaram a ação por possível violação do direito marítimo e humanitário.
O confronto intensifica a tensão no Mediterrâneo entre ativismo internacional e a estratégia israelita de manter o bloqueio naval sobre Gaza, considerado por muitos como uma forma de controle rigoroso sobre o território palestino.
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