Política

Iniciativa Liberal reuniu com Transtejo/Soflusa e expôs preocupações sobre travessias fluviais

Elementos dos núcleos locais da Iniciativa Liberal da margem sul estiveram presentes numa reunião com a administração da Transtejo/Soflusa solicitada pelo Grupo de Coordenação de Local da Iniciativa Liberal de Almada.

Foi entregue à empresa «um conjunto de preocupações relacionados com a operação atual e futura da empresa, nomeadamente com os problemas/avarias na frota atual, as condições dos terminais/cais, as relações laborais, e acima de tudo as consequências que as constantes avarias, supressões e greves têm nos utentes deste serviço público, suportado pelos contribuintes portugueses» refere o comunicado enviado ao Diário do Distrito.

Este aponta ainda os problemas na travessia da Trafaria via Ferry, «muitas vezes suprimida devido à existência apenas de um navio desta tipologia em operação. O segundo navio tem o certificado de operação caducado e necessita de intervenção em doca seca, estando o procedimento ainda por lançar.»

Sobre a reunião, a IL afirma que «a empresa começou por lamentar os constrangimentos que têm existido, nomeadamente a repetida supressão do terceiro cacilheiro em Cacilhas e a consequente paragem do Navio Algés no Seixal, escudando-se no ano anormal que se viveu em 2022 fruto da aprovação tardia do Orçamento de Estado, e consequente gestão em duodécimos que não permitiu o lançamento de concursos para as operações de manutenção».

A higiene e segurança dos navios e terminais é outro dos temas que preocupa as coordenações da Iniciativa Liberal «e após esta reunião ficamos a saber que também a empresa tem a mesma preocupação, sendo mesmo uma prioridade da mesma.

No entanto, ainda que existam rotinas de desinfestação dos navios com regularidade iniciadas no “tempo” da pandemia, a limpeza profunda dos navios não acontece com a regularidade desejada porque com a falta de navios para fazer rotatividade limpar implicaria suspender a travessia por um determinado período.»

Relativamente aos terminais/cais, especialmente o de Cacilhas, «a empresa admite que este não é o terminal que gostava de ter, mas garante que reúne todas as condições de segurança para os passageiros, e que não existe fibrocimento na cobertura», adiantando que «existem conversações com a Câmara Municipal de Almada para a passagem do terminal atual para o antigo Terminal Cacilhas 2, onde atualmente está o Clube Náutico de Almada, o que implicaria que o Clube tivesse de mudar de local, algo que segundo a empresa será responsabilidade exclusiva da CMA».

Acerca dos novos navios eléctricos, a empresa garantiu que «está tudo a correr dentro do previsto, o primeiro navio, já testado em condições adversas, será entregue no primeiro trimestre deste ano», passando a contar com «oito navios efetivos e dois de reserva, todos eles iguais, com capacidade para 540 passageiros e 20 bicicletas.

O seu carregamento será efetuado de duas formas, lento durante a noite, e rápido entre paragens nos terminais. O concurso para execução dos pontos de carga nos terminais já está em execução, sendo que o primeiro será instalado no Seixal. Os navios funcionarão com baterias da marca ‘Corvos’ para a qual existe apenas uma empresa fornecedora.»


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