Economia

Hotel que pertenceu a Vítor Baía comprado pelo Estado após falência

O ex-futebolista Vítor Baía apostou no mercado imobiliário depois de ter saído do mundo do futebol, mas não obteve o êxito que esperava, e acabou por acumular dívidas e penhoras, que obrigaram o antigo guarda-redes do FC Porto a vender casas, empresas e carros.

Entre esse lote esteve o antigo Évora Farm Hotel, agora Octant Évora, na Herdade do Perdiganito, que o ex-jogador entregou no ano de 2015, e foi agora adquirido por um fundo do Turismo de Portugal que comprou, por cinco milhões de euros, 15 das 20 vilas do empreendimento à Discovery, actual proprietário.

O negócio foi feito através do fundo Territórios de Baixa Densidade Turísticos (TBDT), um dos fundos geridos pelo Turismo Fundos, do Turismo de Portugal, através do qual o Estado investe verbas públicas em imóveis no interior do país.

O valor da transação, segundo o Jornal Negócios, ficou abaixo das duas avaliações do imóvel, que se fixaram em 6,5 e 7,2 milhões de euros, sendo que por lei o TBDT, criado pelo Governo em 2018 para a aquisição de imóveis turísticos, pode fazer investimentos num valor máximo de cinco milhões de euros.

No âmbito da operação da aquisição das 15 vilas, com a tipologia T2 e T3, foi assinado um contrato de arrendamento, por um prazo de 15 anos, com a empresa Perdiganito -Empreendimentos Turísticos, S.A., uma das antigas empresas de Baía cuja dívida à CGD ascendeu a 14,16 milhões de euros.

Além do Octant Évora, o fundo gerido pelo Turismo comprou, até março deste ano, mais cinco imóveis no interior do país, totalizando um investimento de cerca de 6,4 milhões de euros. E os imóveis comprados vão ser transformados em alojamento.


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