Homem tenta matar polícia fora de serviço em Sacavém e acaba detido com dois familiares
Agente foi esfaqueado na cabeça após intervir num incidente rodoviário. Autor das agressões está em prisão preventiva.
Um agente da PSP que se encontrava fora de serviço foi alvo de uma tentativa de homicídio recorrendo a uma faca na manhã de 17 de junho, no Prior Velho, freguesia de Sacavém (Loures). O agressor, um homem de 50 anos, foi detido em flagrante pela Polícia de Segurança Pública, com o filho, de 17 anos, e a companheira, de 49, por resistência e coação sobre funcionário.
O caso ocorreu após o agente, no uso do seu dever cívico, ter interpelado o condutor de uma viatura que cometia uma infração rodoviária considerada grave. Perante o pedido de identificação, o indivíduo reagiu com insultos, ameaças e resistência violenta, recusando obedecer às ordens policiais.
Apesar das várias advertências, o condutor tentou abandonar o local na viatura, obrigando o agente a desviar-se da sua trajetória para evitar ser atropelado. Foi nesse momento que o agressor desferiu um golpe com uma faca de médias dimensões na zona occipital da cabeça do polícia.
O ataque provocou um corte com cerca de cinco centímetros, mas não colocou a vida do agente em risco. A tentativa de homicídio não ficou por aí: após o esfaqueamento, o filho e a companheira do agressor surgiram e tentaram impedir a detenção, agindo violentamente contra a autoridade.
Os três foram detidos no local pela Divisão Policial de Loures, tendo o autor do golpe sido presente ao Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Norte, onde lhe foi decretada a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva. Os outros dois envolvidos ficaram sujeitos a termo de identidade e residência.
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP sublinha que a atuação do agente fora de serviço evitou consequências mais graves e reforça a importância da pronta intervenção policial, mesmo em contextos não operacionais.
Este episódio reacende o debate sobre a crescente violência contra agentes das forças de segurança e a necessidade de proteção legal eficaz aos profissionais que, mesmo fora de serviço, arriscam a vida pelo cumprimento da lei.
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