Guardas prisionais do Linhó preparam mega-greve para 18 de janeiro e alertam para falhas de segurança

Os guardas prisionais do Linhó, em Sintra, marcaram uma nova greve total entre os dias 18 de janeiro e 28 de fevereiro, levantando preocupações sobre as condições de segurança no estabelecimento prisional. A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) e surge após o fracasso das negociações com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

Segundo o SNCGP, a greve é uma resposta à “contínua falta de segurança” no Linhó, evidenciada pelas recentes agressões aos guardas prisionais. A direção sindical acusa ainda a administração da prisão e a DGRSP de não apresentarem soluções concretas para os problemas destacados em reuniões anteriores.

O início da paralisação está previsto para as 00h00 de 18 de janeiro, estendendo-se até às 23h59 de 28 de fevereiro, período em que os guardas prometem manter a pressão. Frederico Morais, presidente do SNCGP, sublinhou que esta greve só terminará quando forem implementadas medidas que garantam “segurança adequada” na cadeia. “Se até lá nada mudar, podemos estender a greve por tempo indeterminado”, afirmou.

Atualmente, os guardas prisionais já estão em greve, um protesto que termina a 10 de janeiro, ampliando o clima de tensão no estabelecimento. O sindicato reforçou que vai exigir o cumprimento de serviços mínimos durante a paralisação e não hesitará em avançar com queixas formais caso estes sejam bloqueados.

O pré-aviso de greve foi enviado a várias figuras do Governo, incluindo o primeiro-ministro, os ministros da Justiça, Economia e Finanças, além da DGRSP e da direção do estabelecimento prisional. A medida conta com o apoio dos 3.600 guardas prisionais representados pelo SNCGP.

A situação no Linhó tem sido marcada por episódios problemáticos. Em dezembro, os reclusos ficaram vários dias sem acesso a água canalizada, devido a falhas na infraestrutura. Apesar das medidas emergências, como a distribuição de água engarrafada, o incidente gerou críticas à gestão da prisão.

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