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Gripe aviária obriga Brasil a suspender exportações de frango para a China, Argentina e União Europeia

Primeiro caso detetado numa exploração comercial no Rio Grande do Sul leva maior exportador mundial a travar vendas a três dos seus principais mercados.

O Brasil, líder mundial nas exportações de carne de frango, suspendeu temporariamente o envio do produto para a China, Argentina e União Europeia, após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária numa exploração comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, estado que faz fronteira com a Argentina e o Uruguai.

O Ministério da Agricultura brasileiro confirmou que a suspensão das vendas à China e à UE segue os protocolos sanitários previamente estabelecidos, enquanto a Argentina decidiu, por iniciativa própria, proibir provisoriamente a importação de aves e os seus derivados provenientes de todos os estados brasileiros.

Em contrapartida, países que reconhecem o princípio da regionalização definido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas, optaram por limitar a suspensão apenas às zonas num raio de 10 quilómetros do foco da doença, permitindo a continuidade das compras provenientes de regiões consideradas seguras.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a China foi o maior destino das exportações brasileiras de frango em 2024, com 562,2 mil toneladas, seguida pelos Emirados Árabes Unidos (455,1 mil toneladas), Japão (443,2 mil toneladas), Arábia Saudita (370,8 mil toneladas), África do Sul (325,4 mil toneladas), Filipinas (234,8 mil toneladas) e União Europeia (231,9 mil toneladas).

Apesar da suspensão, o Governo brasileiro esclareceu não haver proibição generalizada da exportação de frango do estado do Rio Grande do Sul. As medidas visam demonstrar transparência e responsabilidade sanitária, garantindo o cumprimento dos acordos internacionais firmados com os parceiros comerciais.

Após a deteção do foco de infeção, as autoridades abateram todas as aves da exploração afetada e realizaram inspeções sanitárias em explorações avícolas num raio de dez quilómetros, numa tentativa de conter a propagação do vírus H5N1. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sublinhou que o Brasil já ativou o seu protocolo de biossegurança e continuará a dialogar com os países importadores para evitar prejuízos mais amplos ao setor.


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