Atualidade

Grávidas de Lisboa e Vale do Tejo em pré-triagem telefónica antes de aceder às urgências

Linha SNS Grávida já está em portaria

As grávidas de Lisboa e Vale do Tejo vão ter de passar por uma pré-triagem telefónica, através da Linha SNS Grávida, a partir de segunda-feira, antes de serem atendidas nas urgências hospitalares.

Trata-se de um projeto-piloto que vai abranger a Região de Lisboa e Vale do Tejo, incluindo o Hospital Distrital de Leiria, mas pode vir a abranger outros hospitais de diferentes regiões que manifestem interesse em participar, desde que preencham determinados requisitos.

A portaria foi publicada esta sexta-feira publicada em Diário da República, assinada pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e informa que serão colados cartazes à porta das urgências de Obstetrícia e Ginecologia a dar conta desta necessidade de pré-triagem telefónica, indicando que apenas serão atendidas situações urgentes e exemplos concretos desses casos que podem ocorrer durante a gravidez, nas primeiras seis semanas após o parto ou em qualquer altura da vida.

A pré-triagem telefónica deverá ser feita preferencialmente por enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, indica a portaria, acrescentando que os hospitais usarão os mesmos algoritmos da Linha SNS Grávida/Ginecologia na triagem presencial da urgência, que prevalecerá sobre a triagem telefónica.

As únicas exceções vão para situações com forte suspeita de poderem representar risco iminente de vida, designadamente a perda de consciência, convulsões, dificuldade respiratória, hemorragia abundante, traumatismo grave ou dores muito intensas.

O Governo sublinha «a necessidade de adotar medidas que promovam uma forma racional de canalizar a procura dos cuidados de saúde para os locais mais apropriados, retirando as situações não urgentes das urgências de Obstetrícia e Ginecologia».

Na portaria, o Governo lembra que o número de atendimentos diários nas urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é «consideravelmente superior» ao dos países do Norte e Centro da Europa, considerando que tal se deve, em grande medida, «à ausência de controlo no acesso à urgência».

A pré-triagem telefónica já estava prevista no Plano de Reorganização para as Urgências de Obstetrícia e Ginecologia e de Pediatria apresentado em outubro, depois de no verão as urgências de Obstetrícia/Ginecologia e de Pediatria terem voltado a registar dificuldades de funcionamento, devido à falta de especialistas para preencher as escalas, o que levou ao encerramento parcial ou a constrangimentos nos serviços.


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