Grave crise no SNS: Presidente de câmara exigem respostas imediatas do Governo
O acesso aos cuidados de saúde na Área Metropolitana de Lisboa está em risco, com hospitais sobrelotados, urgências encerradas e milhares sem médico de família. Autarcas socialistas fazem apelo urgente ao Governo.

A crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS) atinge um ponto crítico na Área Metropolitana de Lisboa (AML), onde vivem cerca de 3 milhões de pessoas. A sobrecarga nos hospitais, o encerramento de urgências e a falta de médicos dificultam gravemente o acesso aos cuidados de saúde. Face a esta realidade alarmante, presidentes de câmara socialistas da AML apelam ao Governo para uma mudança urgente nas políticas de saúde, alertando para o impacto negativo nas populações.
Nos últimos meses, a degradação do SNS tem sido evidente. O encerramento de serviços essenciais, como a urgência de pediatria do Hospital Garcia de Orta e as urgências de obstetrícia na ULS Arco Ribeirinho, são apenas exemplos da instabilidade crescente. O Hospital Amadora-Sintra tem registado tempos de espera superiores a 36 horas, ao mesmo tempo que enfrenta a demissão do seu Conselho de Administração e a saída de 13 cirurgiões, colocando ainda mais pressão sobre um sistema já fragilizado.
Outro dado alarmante: cerca de 800 mil utentes nos 18 concelhos da AML não têm médico de família, representando 50% do total nacional. Com centros de saúde sobrelotados, a falta de profissionais força o encerramento parcial ou total de serviços de urgência, deixando milhares de pessoas sem assistência adequada.
Além disso, a crescente influência do setor privado e social na gestão hospitalar levanta preocupações sobre o futuro do SNS. O Governo tem explorado parcerias com misericórdias, mas sem apresentar garantias de que estas colaborações irão fortalecer o sistema público, em vez de o fragilizar ainda mais.
Face a esta realidade, os autarcas socialistas da AML, incluindo os presidentes de câmara de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Loures, Moita, Montijo, Odivelas, Sintra e Vila Franca de Xira, exigem respostas concretas. Num apelo direto ao Governo, pedem um reforço imediato do SNS, para garantir o direito constitucional de acesso universal à saúde e travar a degradação dos serviços públicos.
Com uma crise institucional instalada, marcada por demissões, falta de investimentos e ausência de medidas estruturais, cresce o descontentamento entre profissionais de saúde e utentes. O colapso do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a instabilidade na Direção Executiva do SNS e a falta de transparência nas decisões governamentais são sintomas de um problema que pode agravar-se se não forem tomadas medidas urgentes.
A saúde pública está em risco e a AML tornou-se o epicentro de uma crise que pode espalhar-se a todo o país. O apelo dos autarcas não pode ser ignorado. A resposta do Governo a esta emergência poderá definir o futuro do Serviço Nacional de Saúde em Portugal.
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O presidente da Câmara da Moita P.S, nem aparece .
O presidente da Câmara de Setúbal tem uma lata tamanho do mundo porque não resolve nenhum problema do concelho e aparece aqui a exigir.
Grande lata mesmo.
https://diariodistrito.sapo.pt/grave-crise-no-sns-presidente-de-camara-exigem-respostas-imediatas-do-governo/