
Os preços dos combustíveis sofreram novos aumentos esta semana, com o gasóleo a subir 5,5 cêntimos por litro e a gasolina a encarecer 3 cêntimos. Apesar disso, o primeiro-ministro, Luis Montenegro, afirmou não haver razões para uma intervenção governamental neste momento, garantindo que o Executivo tomará medidas apenas se o aumento se tornar permanente.
“Os combustíveis hoje estão mais caros, mas também tivemos várias semanas de descidas. Não há, para já, uma oscilação que justifique uma alteração na política do Governo”, declarou o primeiro-ministro durante um evento na Maia, onde defendeu uma abordagem equilibrada à questão. “Se atingirmos uma subida constante e permanente, o Governo tomará medidas para diminuir o impacto fiscal nos preços”, assegurou.
Montenegro reiterou que os mecanismos atuais permitem uma estabilidade relativa nos preços, com descidas e subidas ocasionais, mas destacou que o Governo está atento ao impacto dos preços na economia e nos orçamentos das famílias. Caso seja necessário, o recurso ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) será utilizado para corrigir eventuais desequilíbrios.
O aumento desta semana, de acordo com previsões do Automóvel Club de Portugal (ACP), não representa, segundo o líder do Executivo, uma escalada comparável às que ocorreram nos últimos dois anos. “Não estamos perante uma situação alarmante ou de subida constante. O cenário atual é diferente daquele que vivemos há dois ou três anos”, garantiu.
Apesar da posição cautelosa, Montenegro reconheceu os desafios que os aumentos podem trazer. “Estou preocupado com os efeitos que uma subida permanente dos combustíveis pode ter na mobilidade das pessoas, nos orçamentos familiares e na economia, sobretudo no custo final dos produtos devido ao aumento do transporte,” sublinhou.
O primeiro-ministro apelou ainda a que não se gerem alarmismos desnecessários entre os cidadãos. “Vamos falar verdade às pessoas. É um dia difícil, mas não estamos perante um cenário de escalada constante dos preços,” concluiu.
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