Distrito de Setúbal

Foca avistada ao largo das praias da Arrábida é a mesma que foi avistada em Cascais

O ICNF e a Autoridade Marítima Nacional asseguram que o animal se encontra de boa saúde, e alertam para que a foca não seja importunada.

O vídeo, partilhado nas redes sociais neste domingo, tornou-se viral: o avistamento de uma foca ao largo das praias da Arrábida, que, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), trata-se do mesmo animal avistado no passado dia 14 de agosto, em Cascais.

De acordo com a Autoridade Marítima Nacional, em declarações ao Diário do Distrito, afirmou que “os avistamentos mais recentes ocorreram ontem ao início da tarde [de domingo] no Portinho da Arrábida e ao final do dia nas imediações da Doca Pesca de Setúbal, tendo passado a noite a descansar na Doca dos Pescadores“. Para além disso, a foca foi vista, pela última vez, “hoje de manhã na Doca dos Pescadores, tendo partido aos primeiros alvores“. O avistamento isolado, de acordo com a entidade, terá como motivo mais provável “o facto [da foca] se ter perdido do grupo“.

O ICNF, em esclarecimento feito ao Diário do Distrito, informa que a foca “está a ser seguida em águas portuguesas desde o dia 13 de junho, quando foi avistada pela primeira vez em Vila do Conde“, após já ter sido anteriormente avistada na Galiza, na Ria de Aveiro, na Figueira da Foz e na Nazaré. Para além disso, o animal tem sido monitorizado desde Aveiro, pelo Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Ílhavo (ECOMARE).

A entidade acrescenta, ainda, que a foca “[a]parenta estar de boa saúde e tem sido vista a comer peixe“, algo confirmado pela Autoridade Marítima Nacional, de acordo com a “avaliação do veterinário da Rede de Arrojamentos de Lisboa e Vale do Tejo (RALVT)”. É recomendando que “o animal não seja importunado e que as pessoas não se aproximem para fazer fotografias ou interagir com a foca“, pois, tratando-se de um animal selvagem, pode morder quando se sente ameaçado.

A foca já havia sido avistada em Cascais, no passado dia 14 de agosto, tendo ficado cerca de duas horas na Praia dos Pescadores, antes de regressar ao mar, “sem intervenção humana“, como explicou, na altura, a Rede de Arrojamentos de Lisboa e Vale do Tejo (RALVT).


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