Fertagus sob pressão: Utentes denunciam comboios apinhados e serviço em degradação
Comboios lotados e atrasos causam um verdadeiro caos na linha Lisboa-Setúbal, enquanto utentes exigem respostas do Governo.

O serviço ferroviário da Fertagus, que liga Lisboa a Setúbal pela Ponte 25 de Abril, enfrenta uma onda de críticas devido à falta de material circulante e à insuficiência da oferta de comboios, especialmente durante as horas de ponta. Os utentes relatam cenários caóticos, com comboios apinhados e atrasos constantes, particularmente nas estações de Fogueteiro, Foros de Amora, Corroios e Pragal. Em muitos casos, passageiros chegam a ver passar dois ou três comboios sem conseguir entrar.
O Partido Comunista Português (PCP) já questionou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, sobre as medidas que serão tomadas para assegurar o direito ao transporte público de qualidade. Segundo o partido, a renovação da concessão da Fertagus até 2031 foi acompanhada por promessas de aumento da oferta de transportes, mas sem garantir o reforço de material circulante. Para o PCP, esta promessa não passou de uma “operação cosmética” que resultou na degradação do serviço.
A situação leva a protestos por parte dos utentes, que utilizam as redes sociais e outras plataformas para manifestar a sua indignação. A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) também já interveio, solicitando informações urgentes à Fertagus sobre a insatisfação dos passageiros, especialmente após a alteração nos horários, que passaram a prever circulações a cada 20 minutos.
O PCP insiste que o reforço da oferta na linha Lisboa-Setúbal é essencial e defende a aquisição de mais comboios e o alargamento do serviço a estações como Lisboa Oriente e Praias do Sado. “Sem o aumento do material circulante, a qualidade do serviço continuará a degradar-se,” afirma o partido.
Enquanto isso, os passageiros continuam a enfrentar dificuldades no seu dia a dia, com relatos de seguranças a empurrarem utentes para dentro dos comboios e de policiamento nas estações para conter a indignação popular. A questão coloca o Governo sob pressão para tomar medidas concretas que melhorem o serviço ferroviário.
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