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Feira Quinhentista do Montijo: Espadas em riste, mas nada de armas enfeitiçadas!

O Montijo regressa ao passado durante estes três dias da IX Feira Quinhentista de Aldeia Galega do Montijo. Os bravos cavaleiros do torneio em honra D'El-Rei D-Manuel I já foram notificados das armas permitidas.

Numa viagem ao passado, o cortejo saiu da Avenida dos Pescadores, liderado pelos tambores dos Batucando, seguido pelos Cavaleiros de Ribadouro e pelos nobres, vestidos com o maior rigor medieval exigido.

A acompanhar o cortejo, seguiam os jograis d’El Rei a animar o desfile com a sua música, seguidos pelo povo e pela Falcoaria Lusitana, exibindo algumas das aves que iremos ver nos próximos dias, nomeadamente nas demonstrações de sábado e domingo, às 18h.

Na retaguarda, seguiam as dançarinas orientais da Companhia Al-Nawar, com os dançarinos do Aliusvetus e os Gaiteiros d’um Trago, que animaram o cortejo desde a Rua dos Pescadores até à Câmara Municipal, passando pelo coreto.

Terminado o cortejo, chegou a altura de Vítor Cabral, da Associação Aliusvetus, abrir a cerimónia, realçando o Montijo como uma cidade aberta para o futuro e “em completa transformação”. Seguiu-se Maria Clara Silva, presidente da Câmara Municipal do Montijo, que destacou o facto de esta ser a primeira vez que preside à abertura da Feira Medieval da Aldeia Galega, citando Juarez Alves: “a história não se repete, mas ela pode ser vivida várias vezes”, e é isso que vão fazer. A autarca sublinhou ainda que a feira é um “tributo à resiliência e criatividade do povo”, agradecendo às associações que fazem parte do programa. Em declarações ao Diário do Distrito, Maria Clara Silva salientou que a feira é “um momento de encontro das nossas gentes, revivendo a história”.

As palavras finais foram de Pedro Cardoso, da Associação AGAPE Grande Aventura, que, à boa maneira medieval, leu o pergaminho com as regras dos torneios em honra de El Rei, que terão lugar este sábado, às 22h, e no domingo, às 18h, proibindo expressamente a utilização de “armas enfeitiçadas”, salientando que os participantes só poderão recorrer às armas usadas pelos cavaleiros da época, ou seja, espada e escudo.

Em declarações ao Diário do Distrito, o organizador das festas medievais, Vítor Cabral, falou do desafio em reunir 95 comerciantes e angariar o investimento necessário para o sucesso da feira, revelando que os torneios terão 500 lugares ocupados. Questionado sobre a ausência do alcaide este ano, justificou que, devido às obras em curso, o espaço disponível é mais reduzido.

O organizador da festa revelou também que a associação Aliusvetus estará em Coina e, depois, em “Palmela”.
A IX Feira Quinhentista de Aldeia Galega Montijo termina amanhã, domingo, às 24 horas, depois de muita dança, espetáculos de fogo e animação.

Jornalistas: Tiago Martins e Ricardo Cruz Reis


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