Internacional

‘Expert’ setubalense representa União Europeia no Uruguai

Missão europeia pretendia formar diplomatas uruguaios em ciberdiplomacia, e contou com a representação do setubalense Diogo Alexandre Carapinha.

Fruto do “patrocínio da União Europeia, do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai e Instituto Artigas del Servicio Exterior e da LAC4”, conforme consta na nota de imprensa, enviada para a nossa redação, teve lugar nos passados dias 12, 13 e 14 de agosto, uma formação em ciberdiplomacia, ministrada por uma comitiva da União Europeia, composta por “dois experts italianos” e um português. O português é Diogo Alexandre Carapinha, setubalense, “licenciado em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas” e “professor convidado da Autónoma Academy, onde coordena dois cursos de especialização”.

A importância da presença do português na missão, conforme consta na nota de imprensa, advém do facto de ser “a primeira vez que um português participa em missões de formação em ciberdiplomacia em países parceiros da América Latina”, algo que projeta a imagem do país, mas, também, do concelho a nível internacional.

Em declarações ao nosso jornal, Diogo Alexandre Carapinha considerou que, “tal como o ambiente, o ciberespaço é um vetor associado a todo o globo”, sobretudo com os novos desafios em termos de “aumento da cibercriminalidade, problemas com a Inteligência Artificial, maiores e mais intensas campanhas de disrupção digital e tecnológica e ciberespionagem”, entre outros. Destacou a América Latina, no geral, e o Uruguai, em particular, juntamente com a República Dominicana e o Panamá, como parceiros interessados nos temas “não só na segurança, defesa e resiliência dos seus Estados e sociedades, mas também em todo o conjunto do contexto democrático-liberal que estes Estados defendem”.

Formação de diplomatas uruguaios (Créditos: Academy Press)

Para além disso, destacou a importância dos diplomatas de terem “cada vez mais treino específico para saberem lidar com assuntos cibernéticos”, devido à complexificação da diplomacia, que, também, inclui a existência de atores não-Estatais, como sociedade civil internacional, empresas e gigantes tecnológicos, “que têm tanto ou mais impacto como os próprios Estados” e, também, “tanto ou mais poder disruptivo como os arsenais associados aos Estados”, em casos de guerra. Acrescentou, ainda, a necessidade de ser dada uma maior atenção “às dinâmicas do ciberespaço: sejam elas abordagens técnicas, jurídicas e/ou políticas. Foi isso que tentei desconstruir com os diplomatas, militares, juristas e técnicos de IT, em Montevidéu”.

A missão em si, “pretendeu dotar os participantes dos conhecimentos e competências necessários para se envolverem ativamente em negociações e processos internacionais de ciberdiplomacia nos seus países”, assim como para criar “coligações nacionais sobre questões de ciberdiplomacia para apoiar os objetivos diplomáticos do Uruguai” e “facilitar a ação diplomática”. Os objetivos consistem na promoção da proteção dos direitos dos utilizadores de Internet a nível mundial, e na “proteção do modelo aberto e multilateral da Internet”.

Créditos: Academy Press


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