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EXCLUSIVO: Mulher é agredida e maltratada. Vive sem condições e já foi violada

Uma mulher encontra-se, alegadamente, a habitar numa residência, segundo denúncia que chegou ao nosso jornal, em condições precárias e pouco higiénicas, em Volta da Pedra (Palmela), com, inclusive, vários insetos como baratas e percevejos a “invadirem” a propriedade.

Ao que tudo indica, a própria senhora não está bem psicologicamente, tendo, inclusive, sido internada inúmeras vezes devido ao seu estado de saúde mental e é vítima de alegada violência doméstica.

Também existe a denúncia de que a senhora estava em casa há já alguns meses dado o facto de, alegadamente, ter tido a perna partida, em março, pelo filho que vive com ela. Inclusive, segundo testemunhos que mantém anonimato, a senhora foi roubada e violada no ano de 2019, quando vinha da farmácia, por um homem que era procurado para cumprir pena, acreditando-se ser “um ajuste de contas pelas dividas do filho”.

A senhora já esteve hospitalizada várias vezes, mas regressa sempre a casa, e não é dado nenhum parecer médico em como estão presentes problemas psicológicos que necessitam de acompanhamento. Também, alegadamente, é prescrita medicação, que nunca chega a ser dada, estando assim sem ser medicada.

Os residentes da zona deram o seu testemunho, que mais não foram do que queixas de um “odor insustentável” a vir daquela habitação que chega às restantes “que estão naquela zona”, com a denúncia também de que a senhora chega “a urinar pela janela”. Também foi contado que episódios de pequenos “focos de incêndio” tiveram origem naquela casa, “pondo em causa a segurança” de todos os que ali se encontram.

O Diário do Distrito contactou as entidades responsáveis e gestoras deste tipo de situação, nomeadamente a USP Árrabida, cujo médico coordenador, João Diegues, respondeu que “o Serviço da Saúde Pública está a acompanhar esta situação há já algum tempo em articulação com demais entidades”, coincidindo o prolongamento da situação com a indicação dada ao jornal [cerca de 2 anos]. Também “o Ministério Público” está a atuar, respeitando-se as “áreas de intervenção das diferentes unidades”.

Também a Câmara Municipal de Palmela respondeu ao pedido de esclarecimento do jornal, sublinhando conhecer “bem o caso, que acompanha em permanência, cabendo a sua gestão à Segurança Social”.

“A munícipe é trabalhadora da Câmara Municipal, em situação de baixa médica prolongada, e tem vindo a beneficiar do apoio de várias instituições locais, em articulação com o Município. Neste momento, aguardam-se desenvolvimentos, na sequência de diligências junto do Ministério Público”, informou a autarquia.

Das restantes entidades a quem foi pedido esclarecimentos, não obtivemos qualquer resposta até ao momento.

Os moradores locais estão “saturados” de toda esta situação e temem “pela própria vida”, com a impossibilidade de “descansar” por estarem “alarmados” e “incomodados” com a situação de “pouca salubridade” e de “agitação constante” em que a senhora se encontra. Também os dois homens, pertencentes ao núcleo familiar da mulher em questão e que habitam naquela casa, são acusados pelas testemunhas de “desrespeito” e “falta de educação”.

O caso foi denunciado dado o “limite ter chegado” por parte dos habitantes da Volta da Pedra, com uma “inconstante falta de ação”, alegam, por parte “das entidades competentes”, com a “divulgação a ser vista como a única solução”.


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