Um estudo divulgado hoje pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) revela que um em cada 10 jovens em Portugal foi vítima de cyberbullying de forma muito frequente. A prática manifesta-se principalmente através de comentários, boatos ou assédio, afetando jovens em diversos contextos escolares e sociais.
A investigadora Mariana Rodrigues, responsável pela pesquisa, destacou a necessidade de sensibilizar a sociedade para este fenómeno, com especial atenção para o papel das famílias, das escolas e também das organizações públicas. “Esta investigação também nos mostra que quase 15% dos jovens nunca fala com a família sobre os perigos da Internet e formas de se protegerem“, afirmou a investigadora em entrevista à agência Lusa.
O estudo foi realizado entre junho e julho de 2022 e envolveu 1.262 jovens, com idades entre os 11 e os 21 anos, 50,4% do sexo masculino. As respostas foram recolhidas através de um inquérito nacional, abrangendo escolas de diversas regiões do país, desde o Norte ao Sul, passando pelas ilhas, em contextos urbanos e rurais.
Outro dado alarmante apontado pelo estudo é que 32,5% dos jovens não compartilha com os amigos situações desagradáveis que vivenciam online.
O estudo reforça a importância de uma atuação conjunta entre família, escola e instituições, para que os jovens se sintam apoiados e orientados na prevenção e resposta ao cyberbullying: “É preciso criar oportunidades educativas onde os jovens desenvolvam competências de solidariedade, de empatia e uma forma de comunicar menos violenta“, sublinhou Mariana.
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