Esperas dramáticas nas urgências: Doentes aguardam até 17 horas no Hospital Beatriz Ângelo
Doentes enfrentam esperas de até 17 horas nas urgências do Hospital Beatriz Ângelo, enquanto outras unidades também vivem tempos críticos.
Um cenário alarmante de tempos de espera nas urgências hospitalares em Portugal gera crescente preocupação. No Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, os utentes em situação urgente enfrentam uma espera média de 17 horas, quando o recomendado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) é de apenas 60 minutos. Já os casos muito urgentes aguardam cerca de 1 hora, enquanto os menos urgentes permanecem em espera por, em média, 12 horas.
A situação crítica no Hospital Beatriz Ângelo, no distrito de Lisboa, reflete-se há vários dias, colocando esta unidade no topo das que registam os maiores tempos de espera no país.
No Algarve, o Hospital de Portimão, que integra o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, também apresenta dificuldades graves, com um tempo médio de espera de 11 horas para casos urgentes. Em Almada, o Hospital Garcia de Orta reporta 43 doentes em situação urgente em espera, sendo o atendimento estimado em cerca de 8 horas (07h51).
No Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, na Amadora, as dificuldades também se agravam, com os utentes urgentes a aguardarem cerca de 6 horas para atendimento. Já no Norte, o Hospital de São João mantém tempos mais controlados, com uma espera média de 3 horas. Por sua vez, no Oeste, o Hospital das Caldas da Rainha, um dos mais problemáticos no início do ano, apresenta atualmente tempos de espera inferiores a 1 hora.
A crise nos meios de socorro hospitalares continua a destacar a urgência de medidas eficazes para resolver os problemas de lotação e gestão dos serviços, sobretudo com a chegada do inverno e o aumento das necessidades de cuidados de saúde.
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