Entrada em museus e monumentos dispara até 125% e turistas sentem no bolso
A partir de hoje, os bilhetes para museus e monumentos nacionais registam aumentos até 125%, com valores a chegar aos 18 euros.
Os preços de entrada em museus, monumentos e palácios nacionais sofreram aumentos significativos a partir deste dia 1 de janeiro, com acréscimos que variam entre dois e sete euros, conforme estipulado pelo despacho publicado em novembro no Diário da República. A Museus e Monumentos de Portugal (MMP) justifica as alterações com a necessidade de uniformizar os preços e responder à crescente procura turística.
Alguns dos locais mais emblemáticos do país, como a Torre de Belém, o Museu Nacional dos Coches, o Mosteiro dos Jerónimos e os Palácios Nacionais da Ajuda e de Mafra, registam os aumentos mais expressivos. O bilhete para o Mosteiro dos Jerónimos, por exemplo, sobe de 12 para 18 euros, enquanto outros espaços duplicam os valores anteriores, como o Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, e o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, que passam de cinco para 10 euros.
A MMP destaca que os preços mais elevados aplicam-se a monumentos inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO ou a equipamentos culturais com elevado interesse internacional. Este novo modelo define três níveis de preços: o máximo, de 15 euros, para locais de elevada procura; o intermédio, de 10 euros, para equipamentos em áreas de menor pressão turística; e o mínimo, de cinco euros, para outros museus e monumentos.
Além das entradas pagas, o regime de gratuitidade também foi revisto, assegurando o acesso livre em 52 dias por ano a cidadãos residentes em Portugal. Contudo, esta medida já gerou controvérsia na União Europeia, que considera a exclusão de não residentes uma prática discriminatória. Visitantes com menos de 12 anos, desempregados residentes na UE e grupos de comprovada carência económica continuam a beneficiar de acesso gratuito.
Em 2023, o Mosteiro dos Jerónimos destacou-se como o equipamento cultural mais visitado, com quase um milhão de entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres e pelo Castelo de Guimarães, com mais de 400 mil e 380 mil visitantes, respetivamente.
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