Encerramento da maternidade do Barreiro gera revolta e pode deixar milhares sem assistência
Autarcas do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete unem-se contra o encerramento das urgências de obstetrícia no Barreiro, alertando para um retrocesso nos cuidados materno-infantis e a sobrecarga dos hospitais da região.

Os autarcas de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete manifestaram forte oposição ao eventual encerramento das urgências de obstetrícia do Hospital do Barreiro, medida que consideram prejudicial para milhares de grávidas da Península de Setúbal. A proposta governamental de integrar o hospital numa urgência metropolitana com o Hospital Garcia de Orta (Almada) levanta sérias preocupações quanto à capacidade de resposta da região.
Segundo os autarcas, a intenção de encerrar a maternidade da Unidade Local de Saúde Arco Ribeirinho (ULSAR) representa um grave retrocesso nos cuidados de saúde materno-infantis. Afirmam que a decisão terá impactos brutais na região, sobrecarregando ainda mais os hospitais de Setúbal e Almada, que já enfrentam dificuldades no atendimento.
O encerramento da unidade não é apenas um problema logístico, mas também uma questão de justiça social, uma vez que afeta uma população vulnerável, onde cerca de 40% dos utentes não têm médico de família. Para os autarcas, a criação de um Centro Materno-Infantil em Almada é uma solução enganadora, pois não resolve o problema estrutural da falta de médicos e condições de trabalho.
Os presidentes das câmaras envolvidas alertam que a medida irá fragilizar ainda mais os serviços de ginecologia e obstetrícia, essenciais para a saúde das mulheres da região. No ano passado, a maternidade do Barreiro realizou 1.585 partos, um volume estável que demonstra a sua relevância na Península de Setúbal.
Os impactos podem ser devastadores: o fecho da maternidade poderá comprometer a formação de novos especialistas, levando à fuga de médicos e ao agravamento da escassez de profissionais de saúde. Além disso, a capacidade de resposta a situações de emergência neonatal e pediátrica ficará reduzida.
Com o risco iminente de desinvestimento na rede hospitalar da região, os autarcas exigem que o Governo reavalie esta decisão antes que seja tarde demais. “Concentrar problemas não os resolve, e o que se propõe não é uma solução sustentável”, frisam em comunicado conjunto.
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Numa altura em que a mortalidade infantil aumentou no distrito de Setúbal ainda querem arruinar mais a situação. Estamos no bom caminho,estamos 🙁https://expresso.pt/sociedade/saude/2025-01-22-taxa-de-mortalidade-infantil-em-setubal-e-superior-a-media-europeia-alerta-ordem-dos-medicos-e735c368
Voltamos a era dos meus avós, para parir era necessário ir á capital, em vez de evolução estamos a retroceder. Que vergonha.
Não voltamos ao tempo em que se tinha os filhos em casa que nem parteiras havia eram curiosas e acho que vamos voltar a esse tempo só que essas pessoas já não á
Votem neles outra vez
Alvaro Preto nem P.S ,P.S.D Chega ou iniciativa liberal 🤬
https://diariodistrito.sapo.pt/encerramento-da-maternidade-do-barreiro-gera-revolta-e-pode-deixar-milhares-sem-assistencia/
Uma vergonha o que se passa… querem que a natalidade aumente mas com atitudes destas as parturientes cada vez enfrentam mais dificuldades. Isto sem falar nos problemas com a saúde dos bebés… enfim vamos de mal a pior…