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Dezembro de 2024: Um dos mais quentes do século e marcado pela seca extrema

Portugal viveu em dezembro de 2024 o 8.º mês mais quente desde o início do século e um dos mais secos da história, com apenas 12% da precipitação média anual.

O mês de dezembro de 2024 foi um marco climático em Portugal Continental, destacando-se como o 8.º mais quente desde o ano 2000 e o mais seco desde 1931, segundo os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Com temperaturas acima da média e uma precipitação drasticamente reduzida, os indicadores climáticos deste período acenderam alertas sobre o impacto das alterações climáticas no país.

A temperatura média do ar foi de 10,26 °C, um aumento de 0,45 °C face à média histórica (1981–2010). A temperatura máxima atingiu os 15,16 °C, registando o 7.º valor mais elevado desde 1931. Por outro lado, a temperatura mínima apresentou uma ligeira descida, fixando-se nos 5,35 °C, 0,53 °C abaixo do normal.

A precipitação foi praticamente inexistente, com apenas 15,9 mm registados ao longo do mês, o equivalente a 12% do valor médio para o período de referência. Este cenário crítico resultou no alargamento da área em seca meteorológica, que agora abrange todo o Sul do país e partes significativas do Centro, incluindo Lisboa, Santarém e Setúbal. As regiões do Alentejo e Barlavento Algarvio foram classificadas como estando em seca moderada, enquanto outras áreas registaram totais mensais inferiores a cinco milímetros de chuva.

Durante quase todo o mês de dezembro, a ausência de precipitação foi evidente, com apenas uma exceção no dia 18, quando a região Norte recebeu alguma chuva. No entanto, esse breve evento não foi suficiente para alterar o panorama geral.

O IPMA alerta que esta tendência climática pode agravar-se, exigindo medidas urgentes para mitigar os impactos da seca e da elevação das temperaturas em Portugal. Com este cenário, o foco em estratégias de gestão hídrica e sustentabilidade torna-se imperativo.


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