Crise nas urgências: PS exige respostas imediatas do diretor-executivo do SNS
O PS pediu uma audição urgente ao diretor-executivo do SNS para esclarecer a crise nas urgências, criticando a gestão do Governo e exigindo soluções concretas para os problemas no acesso hospitalar.

O PS solicitou uma audição urgente ao diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para discutir a situação crítica nas urgências hospitalares, denunciando a incapacidade do Governo em resolver uma crise que começou no verão e persiste no inverno.
Segundo o deputado socialista João Paulo Correia, a situação das urgências hospitalares permanece caótica em várias regiões do país, agravada por falhas no sistema e decisões controversas do Governo. Entre as críticas, destaca-se a obrigatoriedade de ligar ao SNS24 antes de procurar uma urgência, uma medida que, segundo o PS, não foi bem planeada e revelou-se ineficaz.
Nos últimos dias, casos de encaminhamento errado de doentes para urgências encerradas expuseram fragilidades graves na coordenação do SNS. O deputado frisou que o plano de emergência apresentado pelo Governo foi “um falhanço”, incapaz de oferecer uma solução concreta para crises como o encerramento de urgências em obstetrícia, ginecologia e pediatria.
Outro ponto de preocupação são as demissões sucessivas nas administrações de hospitais, incluindo a recente saída da administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria. João Paulo Correia alertou que estas demissões em plena crise de inverno repetem erros que já custaram caro ao SNS e criticou o silêncio do primeiro-ministro perante os problemas.
O PS acredita que o diretor-executivo do SNS, António Gandra d’Almeida, tem um papel crucial na coordenação e organização do acesso às urgências e deve prestar esclarecimentos. A partir dessa audição, será avaliada a necessidade de chamar também a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ao parlamento.
Com oito meses de governação, o executivo não pode mais atribuir culpas a entidades ou responsáveis anteriores, concluiu o deputado, exigindo uma abordagem urgente e eficaz para restaurar a confiança dos cidadãos no sistema de saúde.
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