Crise na Raríssimas: Meios de socorro tentam evitar o encerramento da Casa dos Marcos
O futuro da associação Raríssimas está em risco devido a dificuldades financeiras. Segurança Social e direção da instituição procuram uma solução urgente para evitar o encerramento da Casa dos Marcos.

A Raríssimas, associação que presta apoio a pessoas com doenças raras e às suas famílias, enfrenta uma situação crítica que pode levar ao encerramento da Casa dos Marcos, na Moita. O Instituto da Segurança Social reuniu-se com a direção da associação e ambas as partes acordaram tentar encontrar uma solução urgente para garantir a continuidade das atividades e respostas sociais essenciais.
De acordo com uma nota divulgada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, esta reunião resultou no compromisso de manter um diálogo aberto e procurar alternativas que assegurem os serviços prestados aos utentes da instituição.
Atualmente, a Raríssimas apoia cerca de 100 utentes, dos quais 29 estão em regime interno, 30 frequentam o Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão, e 39 são acompanhados pela Unidade de Cuidados Continuados. O colapso financeiro da associação coloca estes serviços em risco iminente.
Segundo Fernando Ferreira Alves, presidente da instituição, o Governo já comunicou que não será concedido à Raríssimas o Fundo de Socorro Social solicitado em julho. Perante este cenário, a Casa dos Marcos pode ser forçada a encerrar portas, deixando desamparadas dezenas de pessoas com necessidades especiais.
A crise financeira da Raríssimas teve origem numa perda significativa de apoios e donativos após as polémicas que envolveram a associação em 2017. Na altura, foram identificadas irregularidades na gestão da ex-presidente Paula Brito da Costa, condenada, em março de 2024, a uma pena suspensa de dois anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização de cerca de 12.800 euros pelo crime de abuso de confiança.
Agora, com o financiamento estatal comprometido e sem soluções imediatas à vista, o futuro da Raríssimas e dos seus utentes está nas mãos das negociações com a Segurança Social. A manutenção das atividades da associação depende da rapidez com que uma resposta eficaz seja encontrada.
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