Criança morre por inalar desodorizante em Inglaterra

Uma criança morreu na cidade inglesa de Derby, na Inglaterra, depois de inalar um desodorizante em spray. O pai, revoltado, exige que a rotulagem seja mais clara sobre os perigos associados ao produto, de forma a alertar as pessoas.

Giorgia Green tinha 14 anos e foi encontrada inconsciente no quarto do seu irmão, em maio de 2022. Na sequência de inalar as substâncias que compõem o desodorizante, a adolescente entrou em paragem cardíaca. A morte foi dada como “não determinada, mas consistente com a inalação do aerossol”.

A criança, que estava diagnosticada com perturbação do espetro do autismo, tinha o gosto de usar no desodorizante no seu quarto por achar o cheiro agradável. “Se estivesse a sentir-se ansiosa, borrifava o spray e isso dava-lhe uma sensação de conforto porque é um desodorizante que a minha mulher usava”, relatou o pai em declarações à BBC. Passados mais de seis meses, Paul Green, criticou a rotulagem destes produtos e apela à consciencialização em torno de uma questão que considera subvalorizada.

Porém, a British Aerosol Manufacturers’ Association (BAMA), associação comercial do Reino Unido, representante de várias empresas ligadas ao setor de fornecimento aerossóis, afirma que os desodorizantes em spray têm “advertências muito claras” e que contam com instruções sobre a correta utilização dos produtos.

De acordo com a lei, este tipo de produtos devem ter no rótulo escrito “manter fora do alcance das crianças”, no entanto, embora não seja um procedimento obrigatório, a BAMA recomenda a utilização do alerta em desodorizantes e aerossóis que diz “o abuso da substância pode matar instantaneamente”.

“As pessoas não sabem o quão perigoso pode ser o conteúdo dessas latas. Gostava que mais ninguém no país ou no mundo acabasse por ter de passar pelo que passámos. Não queremos que a morte da nossa filha seja em vão”, desabafou o pai, sublinhando que “a porta estava aberta, não era propriamente um ambiente fechado”.

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