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Corpo Suspenso: A peça que desvenda as marcas da guerra colonial chega à Baixa da Banheira

Uma filha procura compreender as cicatrizes da guerra no corpo e na memória do pai em “Corpo Suspenso”, um espetáculo que promete marcar o público.

No próximo dia 22 de fevereiro, o Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, recebe a peça de teatro “Corpo Suspenso”, uma obra intensa que aborda as memórias da guerra colonial através dos olhos de uma filha que tenta compreender a experiência do pai como ex-combatente. O espetáculo, assinado por Rita Neves e Patrícia Couveiro, leva ao palco um mergulho profundo nas marcas físicas e emocionais deixadas pelo conflito, explorando como o corpo humano se torna um arquivo de recordações.

Com texto e criação de Patrícia Couveiro e Rita Neves, e conceito e direção de Rita Neves, a peça convida o público a refletir sobre as memórias herdadas, as feridas que não se veem e as histórias que permanecem no silêncio. A protagonista revive fragmentos do passado do pai, desde a sua infância, quando ainda não compreendia totalmente a dor que o acompanhava, até que se depara com a dura realidade do impacto da guerra no corpo e na mente dos ex-combatentes.

Este drama sensível e impactante insere-se na investigação de Rita Neves sobre o corpo como arquivo, explorando as suas memórias intrínsecas e a transmissão das experiências através das gerações. O espetáculo tem uma duração de 80 minutos, sendo recomendado para maiores de 16 anos. Os bilhetes estão disponíveis por 6,39 euros e podem ser adquiridos na bilheteira do Fórum Cultural, de terça a sábado, das 14h30 às 19h30, ou através da Ticketline.

Sobre Rita Neves e Patrícia Couveiro

Rita Neves é atriz e criadora, com formação no CENDREV e na Escola Superior de Teatro e Cinema. Colaborou com companhias como O Teatrão e Comédias do Minho, destacando-se pela sua participação em A Sacalina, de Tiago de Faria, inspirado no universo biográfico de Tchekhov. Depois de “Brel como num Sonho” (2010), “Corpo Suspenso” marca o início da investigação sobre o corpo como repositório de memórias.

Patrícia Couveiro, criadora desde 2004 e realizadora desde 2012, é artista residente do Espaço Latoaria e autora de projetos como “A Impermanência das Coisas” e “Templo Dourado”. Destaca-se ainda pela série documental “O Coro” e pela curta-metragem “A Praia da Amália”, ambas exibidas na RTP2.

“Corpo Suspenso” é uma proposta teatral que promete marcar o público, abordando um tema sensível e atual de forma poética e impactante.


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