Opinião

Contestação deu à Costa

Milhares de Professores, com proveniência a partir de todo o território nacional, em pleno sábado, fora do padrão da logística sindical tradicional, muitos a expensas próprias se organizaram, encheram autocarros e unidos rumaram à capital.

Um mar de gente, movidos por um rol de indignação, de problemas sem solução, de um exigir de respostas que não são dadas há tempo demais, estendeu a sua voz desde o Marquês de Pombal até à Praça do Comércio.

É necessário recuar alguns anos na sociedade portuguesa para encontrar paralelo no cenário e dimensão da contestação.

Não vou fazer a análise das razões da luta e indignação dos profissionais do sector do ensino público, tão desprezados pela tutela ao longo de décadas. São demasiado evidentes para alguém de bom senso as reduzir a meros mal entendidos, boatos ou erros de perceção por parte de meia dúzia.

Parece quase ofensiva a forma como o Primeiro-ministro António Costa menospreza os motivos da contestação trazida às ruas por milhares de Professores, rebaixados pelo próprio ao nível de ignorantes iletrados que facilmente são manipulados por notícias falsas das redes sociais.

Os Professores, sem dúvida, merecem um patamar maior de consideração por parte de quem desempenha funções governativas, mas caros leitores, façam uma análise transversal a todos sectores profissionais.

A contestação tem sido encarada nos últimos anos, como um pecado original. Sob o manto protetor da geringonça, todas as classes profissionais se habituaram a encarar os problemas, as injustiças, as soluções que não acontecem, como um triste fado.

Era assim que a esquerda sindical, de braço dado com a esquerda parlamentar, abafava aspirações legítimas daqueles que deveria representar e defender.

Nos últimos anos, quem se atrevesse a dar voz a um protesto nas ruas, tinha desde logo uma condenação mediática, que rapidamente se transformava numa condenação popular.

António Costa e a máquina política socialista foram mestres nesse jogo, mas a referência ao passado não é distração, de facto “foram”, mas estão a perder capacidades e são percetíveis os ventos de mudança na Contestação.

Já não chega chantagear grevistas com sentimentos de culpa a quem sofre consequências de uma greve, ou bajular os parceiros de geringonça, mantendo assim inerte a luta sindical.

Já não chega colocar painéis de comentadores a rotular grevistas como saqueadores do bem-estar público, já não chega culpar o Covid, já não chega culpar a inflação, já não chega culpar a guerra, já não chega culpar as mensagens de WhatsApp, até já não chega culpar “ o Passos”.

Já nada chega para maquilhar a eterna demagogia socialista, e António Costa sabe disso.

Os ventos de mudança na Contestação são impossíveis de esconder e as justificações para a sua existência são cada vez mais evidentes.

Na casa da democracia temos André Ventura e um Grupo Parlamentar de excelência a exigir Respeito, Dignidade e Valorização para todos os Portugueses.

Cada dia temos mais Portugueses nas ruas a exigir aos que tudo prometeram, soluções para os seus problemas!

A Contestação deu à Costa…e António Costa sabe disso! Portugal cada vez mais diz CHEGA!!

Milene Viana, Coordenadora do Núcleo Concelhio do Seixal do Partido CHEGA.


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