
João Pedro Oliveira, um homem de 43 anos residente em Coimbra, enfrenta julgamento no Tribunal de Matosinhos por alegadamente ter passado sete vezes com o carro por cima da ex-namorada, Daniela Padrino, uma investigadora venezuelana de 35 anos. O crime ocorreu em São Mamede de Infesta, em outubro de 2023, após o fim do relacionamento entre os dois.
A defesa do arguido solicitou ao tribunal que este seja submetido a uma perícia psiquiátrica para determinar se sofre de uma anomalia psíquica que possa ter comprometido a sua imputabilidade. Segundo os advogados, o acusado tem um histórico de problemas psiquiátricos que não foram devidamente tratados, inclusive durante os 11 anos que passou na prisão por outro homicídio.
O julgamento, agendado para o dia 8 de janeiro, irá reabrir um passado trágico: João Pedro já tinha sido condenado por homicídio qualificado em Castelo Branco, onde matou uma namorada à facada. Nesse caso, foi condenado a 16 anos de prisão, mas saiu em liberdade condicional após cumprir 11 anos.
Após a sua libertação, o arguido procurou acompanhamento psicológico e psiquiátrico e iniciou medicação, mas deixou os tratamentos e os medicamentos em outubro de 2023, coincidentemente na mesma altura em que Daniela decidiu terminar a relação. A defesa argumenta que, após o rompimento, o acusado sofreu um colapso emocional, tendo inclusive tentado pôr termo à sua própria vida em novembro.
Os advogados afirmam que o arguido apresenta patologias psiquiátricas e de personalidade comprovadas, pedindo ao tribunal uma investigação aprofundada sobre o seu estado mental.
Este caso trágico e controverso promete marcar o início de 2025, levantando questões sobre o acompanhamento psiquiátrico de ex-detentos e os mecanismos de prevenção de crimes violentos.
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