A Companhia de Dança de Almada, sediada no concelho e reconhecida pela sua consistência artística e capacidade de inovação, leva ao estrangeiro mais uma produção portuguesa que espelha o vigor criativo da dança contemporânea feita em Almada. A peça “Contido”, interpretada pelas bailarinas Inês Barros e Lúcia Salgueiro, inspira-se no livro The Call of the Wild, de Jack London, e convida o público a questionar as normas impostas pela sociedade moderna.
Segundo o criador Hugo Marmelada, a obra parte da ideia de que “as regras impostas pela sociedade nos domesticam, criam tendências, hábitos, e muitas vezes perdemos a capacidade de questionar”. Em “Contido”, a coreografia desenvolve-se entre movimentos contidos e explosões de liberdade, numa narrativa física intensa e visualmente marcante.
Com figurinos assinados pelo próprio Hugo Marmelada, direção de ensaios de Maria João Lopes e desenho de luz de Paulo Santos, o espetáculo integra o ciclo “Danza – Pezas Curtas”, que reúne propostas de companhias ibéricas de referência.
A presença da Companhia de Dança de Almada neste evento reforça o papel do município como polo cultural ativo e criativo, com artistas que projetam Almada além-fronteiras. Trata-se de mais um passo importante na consolidação da CDA como uma das mais relevantes estruturas de dança contemporânea em Portugal, mantendo viva a ligação entre arte, território e identidade.
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