Avaliação da Comissão Europeia aponta sinais de desequilíbrio macroeconómico
A Comissão Europeia considera que o mercado imobiliário português está 35% sobrevalorizado, de acordo com o mais recente Relatório do Mecanismo de Alerta publicado esta terça-feira (14). O documento identifica sinais de desequilíbrio macroeconómico e alerta para a persistência de um fosso entre preços e rendimentos.
O relatório sublinha que, apesar de alguma estabilização recente, os preços das casas continuam a crescer mais depressa do que os salários. Portanto, isso afeta a acessibilidade à habitação e pode criar riscos financeiros se o mercado desacelerar de forma abrupta.
Portugal entre os países com maior desvio face ao valor justo
Ademais, Bruxelas identifica Portugal como um dos Estados-membro com maior discrepância entre o valor real e o valor de mercado. A Comissão estima que as casas estão cerca de um terço acima do seu valor de equilíbrio, calculado com base em fatores como o rendimento das famílias, as rendas e as taxas de juro.
O relatório europeu indica igualmente que o endividamento das famílias e a pressão da procura por habitação, alimentada por investimento estrangeiro e programas de residência, continuam a sustentar o aumento dos preços, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Autoridades nacionais monitorizam evolução do mercado
O Banco de Portugal e o Conselho das Finanças Públicas têm vindo também a alertar para a necessidade de um ajustamento gradual dos preços e para o reforço da oferta habitacional, de modo a evitar desequilíbrios estruturais.
Apesar das preocupações, Bruxelas sublinha que o risco imediato de correção abrupta é limitado. No entanto, recomenda vigilância perante a persistência de fatores externos que podem afetar o mercado, como a evolução das taxas de juro ou a desaceleração económica.
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