
Paulo Gonçalves, natural de Gemeses, Esposende, faleceu no dia 12 de janeiro de 2020, após uma queda ao quilómetro 276 da especial do Dakar. Conhecido como “Speedy”, o piloto participava na sua 13.ª edição da prova, onde se destacou como um dos grandes nomes do motociclismo mundial. Um helicóptero foi acionado de imediato, mas apesar das várias tentativas de reanimação, o piloto não resistiu.
Uma perda nacional que marcou uma geração
A morte de Paulo Gonçalves gerou uma comoção nacional sem precedentes. Multidões despediram-se do piloto no último adeus, em Esposende. O cortejo fúnebre percorreu as ruas da cidade, com centenas de motos alinhadas para prestar tributo ao atleta que dedicou a sua vida à velocidade e ao desporto.
Marcado pela camaradagem e altruísmo, Paulo Gonçalves conquistou não apenas títulos, como o campeonato mundial de ralis cross-country em 2013, mas também o respeito e admiração da comunidade desportiva. O seu segundo lugar no Dakar de 2015 é, até hoje, um dos maiores feitos do motociclismo português.
Legado que perdura
Paulo Gonçalves foi homenageado de diversas formas, desde a atribuição da Medalha de Honra do Município de Esposende, até à criação de um prémio de mérito desportivo com o seu nome. Uma estátua imponente, composta por mais de 27.600 peças recicladas, foi erguida em Esposende para perpetuar a memória do piloto, retratando-o numa das suas emblemáticas manobras no deserto.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou que Paulo Gonçalves morreu a perseguir o seu sonho, lembrando que o piloto era “um digno representante de Portugal”. Já a Assembleia da República aprovou um voto de pesar, realçando que “o desporto nacional ficou mais pobre, mas o legado de Paulo Gonçalves perdurará para sempre”.
Um herói para a comunidade
Além das conquistas desportivas, Paulo Gonçalves era conhecido pelo seu envolvimento em projetos sociais e ambientais. Segundo Benjamim Pereira, ex-presidente da Câmara de Esposende, “Paulo era muito mais do que um piloto, era um exemplo de altruísmo e determinação para a nossa comunidade”.
A memória do “eterno campeão” segue viva, inspirando novas gerações e mantendo a sua história gravada no coração dos portugueses.
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