Cidadãos vão pagar pelo lixo produzido e receber por reciclagem: Governo quer revolucionar gestão de resíduos
Portugal poderá adotar um modelo em que os cidadãos pagam pelo lixo que produzem e recebem pelo que reciclam, anunciou o secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, durante uma visita ao Seixal.

Portugal prepara uma mudança significativa no modelo de gestão de resíduos, propondo que os cidadãos paguem pelo lixo produzido e sejam recompensados pela quantidade de materiais reciclados. A medida, anunciada pelo secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, visa incentivar práticas sustentáveis e aproximar o país das metas europeias de reciclagem.
Durante uma visita à Ambigroup, no Seixal, Emídio Sousa destacou que o país está “muito aquém do que deveria fazer em matéria de reciclagem” e defendeu a urgência de medidas concretas para mudar esse cenário. “Não basta a consciência cívica. Temos de incentivar o cidadão a fazer a reciclagem”, sublinhou.
O modelo proposto funcionará com base no princípio de “quem polui, paga”, mas com uma abordagem equilibrada: o cidadão que reciclar mais poderá receber bónus ou descontos. Para implementar esta estratégia, o governo aposta em tecnologia já utilizada noutros países e em parcerias com os municípios, que terão um papel crucial na execução do plano.
Grupo de trabalho e metas ambiciosas
Um grupo de trabalho criado em novembro desenvolve o Plano de Emergência de Aterros e uma estratégia de gestão de resíduos que incluirá este novo modelo. As conclusões serão apresentadas em janeiro. O secretário de Estado frisou que a meta é reduzir drasticamente o recurso aos aterros, apostando na separação de materiais, reciclagem e, quando necessário, na valorização energética dos resíduos. “Aterros devem ser a última das hipóteses”, reforçou.
Apesar da aposta em soluções inovadoras, Emídio Sousa alertou para a complexidade e os elevados custos associados, que exigem cooperação entre municípios para viabilizar o projeto. Ele também salientou a necessidade de acelerar a implementação de medidas enquanto se aguardam novos investimentos.
Papel dos cidadãos: chave para o sucesso
O governante destacou que a eficácia destas iniciativas depende de uma maior consciencialização e participação ativa dos cidadãos. “Muito mais do que falar de aterros, devemos cada vez mais falar em reciclagem, reutilização e numa segunda vida para os materiais”, concluiu.
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O lixo já a gente paga lol
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