A CDU voltou a dominar o cenário político em Sines, destronando o PS após 12 anos consecutivos de liderança socialista. À frente da lista vencedora, Álvaro Beijinha assegura que o resultado é fruto de um “trabalho coletivo” e promete agora pressionar o Governo por mais investimento no concelho.
“Esta vitória não foi uma surpresa para quem esteve no terreno. Desde o primeiro momento senti o apoio da população e agora vamos retribuir em trabalho”, afirmou o novo presidente eleito.
Beijinha, que concorreu pela primeira vez à Câmara de Sines, adiantou que as prioridades passam por reestruturar a autarquia e requalificar o espaço público, mas sublinha que será essencial o apoio de Lisboa. “Queremos pedir uma reunião ao primeiro-ministro para discutir Sines. É aqui que se concentram alguns dos maiores investimentos privados e públicos do país, e o Governo tem de acompanhar esse crescimento com investimento público estruturante”, destacou.
O autarca alertou ainda que, sem recursos financeiros adequados, será difícil resolver problemas “de fundo”, como o acesso à habitação.
Apesar da vitória, a CDU não alcançou maioria absoluta. Mesmo assim, Beijinha garantiu que vai “trabalhar no planeamento urbano e na melhoria do espaço público”, num mandato que promete ser de “diálogo e proximidade”.
Do lado socialista, a candidata Filipa Faria reconheceu a derrota e considerou que os eleitores penalizaram o anterior executivo, liderado por Nuno Mascarenhas, por “uma parte da cidade pouco cuidada”. O PS ficou em terceiro lugar, após uma “queda significativa” nas urnas, mas Faria assegurou que o partido vai “refletir internamente” e “preparar o futuro com humildade”.
Segundo os resultados oficiais do Ministério da Administração Interna, a CDU obteve 40,72% dos votos, elegendo três vereadores. O movimento independente MAIS conquistou 23,37% e dois mandatos, enquanto o PS ficou com 16,61% e o PSD/CDS-PP com 12,14%, ambos com um vereador.
A participação eleitoral foi de 61,06%, com 7.340 votantes entre 12.021 inscritos.
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