Carlos Vitorino enfrenta risos em plenário e dispara: “A mim não me calam, nem de um lado, nem do outro”
A primeira sessão da nova Assembleia Municipal de Palmela, realizada a 4 de novembro, ficou marcada por um momento de tensão quando o deputado Carlos Vitorino (PSD) reagiu firmemente a risos e interrupções vindas de outras bancadas, afirmando que “a democracia funciona assim” e que “não será calado por ninguém”.
O ambiente institucional da Assembleia Municipal de Palmela, reunida na Biblioteca Municipal, aqueceu durante a intervenção do deputado Carlos Vitorino (PSD). No discurso de saudação à nova mesa eleita — composta por João Pedro Marçal Fialho Perdigão Leitão (presidente), Diamantino de Sousa Pereira (1.º secretário) e Érica Sofia Carreiro Ribeirinho (2.ª secretária) — o social-democrata foi interrompido por risos e trocas de palavras vindos de alguns presentes na plateia, o que motivou uma reação imediata.
“Podem rir à vontade, mas a mim não me calam, nem de um lado, nem do outro”, afirmou em tom firme, perante a surpresa e o silêncio momentâneo na sala.
Vitorino, conhecido pela sua postura assertiva, sublinhou a seguir que “a democracia funciona assim”, recordando que “há quatro anos também houve quem não gostasse do resultado da Assembleia Municipal”, e reforçou que as diferenças políticas não devem servir para desrespeitar o debate democrático.
“Podem continuar a rir, não me metem medo. Eu adoro esta maltinha, só me dão mais gosto em estar aqui”, acrescentou, num momento que gerou murmúrios e algumas palmas entre o público.
O episódio ocorreu após a vitória da lista conjunta PS/CDU na eleição da mesa da Assembleia, que obteve 15 votos, contra 10 do Chega e quatro votos em branco. O PSD, que integra a coligação “Tempos de Mudança” com o CDS, não apresentou lista, mas manteve posição crítica face à exclusão da força mais votada, o Chega, da presidência do órgão.
Na mesma intervenção, Vitorino garantiu que a oposição social-democrata será “firme, responsável e conhecedora”, defendendo uma atuação construtiva, mas vigilante sobre o trabalho do executivo liderado por Ana Teresa Vicente (PS).
“É para isto que aqui estamos: denunciar problemas, votar a favor quando as propostas são boas e trabalhar em prol do concelho de Palmela”, rematou o deputado.
A tensão política foi evidente, com o plenário dividido entre aplausos e olhares de reprovação. Ainda assim, a sessão prosseguiu com mensagens de apelo ao respeito e à cooperação institucional, nomeadamente por parte do novo presidente da Assembleia, João Pedro Leitão, que apelou a “um mandato de diálogo, proximidade e transparência”.
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