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Campanha do tomate enfrenta desafios com clima adverso e falta de trabalhadores

Impacto das alterações climáticas e escassez de mão-de-obra dificultam campanha do tomate.

A campanha de colheita do tomate, que se inicia em agosto, está marcada por adversidades climáticas e dificuldades no recrutamento de trabalhadores. A Associação dos Industriais de Tomate (AIT) destaca que, apesar de uma parte dos frutos estar danificada devido ao clima, a qualidade da colheita poderá ser normal, se não houver mais desenvolvimentos negativos.

A interferência climática teve consequências significativas este ano”, afirma Miguel Cambezes, secretário-geral da AIT à agência lusa. As chuvas durante a formação dos frutos e temperaturas atípicas criaram um cenário desafiador para os produtores, encurtando a duração da campanha de 90 para 60 dias.

Mesmo com a mecanização quase total da apanha, a mão-de-obra continua crucial. A dificuldade de recrutar trabalhadores, especialmente após a pandemia, é uma realidade crescente em diversos setores. “A mudança na disposição para o trabalho, particularmente após a covid-19, complicou o recrutamento”, observa Cambezes.

Para mitigar os efeitos climáticos, os produtores têm recorrido à tecnologia para gerir as culturas, embora ainda de forma não instantânea. A adaptação à nova realidade laboral, com a impossibilidade de implementar semanas de quatro dias durante a campanha, também é necessária.

Na região de Águas de Moura, Palmela, a multinacional Eurofirms tenta preencher 350 vagas para o grupo HIT, incluindo funções como descarga de camiões e processamento de tomate. A expectativa é preencher todos os postos necessários, mantendo a continuidade da campanha.

A AIT reafirma a necessidade de maximizar os recursos durante a campanha, operando 24 horas, sete dias por semana, para garantir a eficiência da colheita.


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