Setúbal enfrenta um impasse político com a reprovação do orçamento para 2025. PS e PSD unem forças contra a CDU, levantando debate aceso sobre o futuro do concelho.
A Câmara Municipal de Setúbal encontra-se num momento de grande tensão política, após a reprovação do Orçamento e das Grandes Opções do Plano para 2025. A oposição, composta por PS e PSD, uniu-se para bloquear a aprovação, gerando críticas duras do presidente da autarquia, André Martins.
Em declarações contundentes, André Martins afirmou que o “chumbo” é reflexo de estratégias político-partidárias já direcionadas para as eleições autárquicas de 2025. “Não compreendemos nem podemos aceitar que o PS e o PSD se juntem para impedir o executivo CDU de concretizar obras necessárias às nossas populações”, sublinhou. Segundo o autarca, esta decisão impede a realização de investimentos cruciais para a região.
Impacto nas finanças municipais e projetos futuros
O presidente acusa os partidos da oposição de agirem de forma “irresponsável”, referindo que esta decisão compromete a capacidade financeira da autarquia, agravada por um corte de 20 milhões de euros nas receitas municipais. “Este corte é o maior de sempre e afeta diretamente a capacidade de execução de projetos essenciais para Setúbal e Azeitão”, explicou.
Entre os projetos destacados pelo executivo CDU está a reversão da privatização da água, que trouxe uma redução de 20% na fatura dos consumidores após 25 anos de gestão privada, atribuída ao Partido Socialista. Além disso, o mandato atual garante o maior investimento já realizado em áreas como educação, saúde, desporto, habitação e mobilidade.
Acusações de estratégias eleitorais
André Martins considera que a reprovação do orçamento é uma manobra política da oposição, que coloca interesses partidários acima do bem-estar da população. “Fazem-no com os olhos postos nas eleições de 2025, dificultando ao executivo para colher dividendos eleitorais”, acusou.
O autarca mostrou-se confiante de que a população, ao compreender o impacto deste bloqueio, reagirá veementemente contra as decisões da oposição. “Quando souberem o que está em causa, haverá uma resposta forte e alargada”, concluiu.
Futuro incerto para Setúbal
O impasse político deixa em suspenso os planos de desenvolvimento do concelho, enquanto o debate entre oposição e executivo intensifica-se. A reprovação do orçamento poderá trazer consequências graves para a execução de obras e serviços previstos para 2025, colocando Setúbal num clima de incerteza.
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