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Bloco de Esquerda e LIVRE terminam coligação “Almada em Comum”

O anúncio foi feito através de um comunicado conjunto divulgado nas redes sociais da coligação “Almada em Comum”, que formaliza o término da aliança entre os dois partidos, responsável por unir as forças da esquerda progressista no concelho nas últimas eleições.

O Bloco de Esquerda e o LIVRE anunciaram o fim da coligação “Almada em Comum”, que uniu os dois partidos nas últimas eleições autárquicas no concelho. A decisão foi comunicada através das redes sociais da coligação, onde ambos os partidos informam que irão continuar o trabalho autárquico de forma autónoma, mas mantendo o compromisso com o diálogo e com uma política progressista e próxima das pessoas.

No comunicado, os partidos sublinham que a coligação “representou algo único em Almada”, ao juntar forças da esquerda progressista num projeto voltado para a habitação, a economia local, a ecologia e a mobilidade. O documento recorda que a “Almada em Comum” se apresentou como uma alternativa à governação do PS e do PSD, afirmando-se pela defesa dos direitos sociais, ambientais e da democracia participativa.

Apesar da valorização do percurso conjunto, as estruturas locais do Bloco de Esquerda e do LIVRE decidiram, após reflexões internas, “terminar a coligação” e desenvolver o trabalho autárquico “de forma autónoma nos órgãos locais onde foram eleitos”.

Assim, na Assembleia Municipal, os dois partidos passarão a estar representados em bancadas separadas, e cada eleito nas freguesias exercerá o mandato em nome do respetivo partido. A nota reforça, contudo, que se mantém “o compromisso de cooperação, de diálogo e de partilha nas causas e nos valores em comum”.

O comunicado reconhece também que a coligação “não conseguiu reproduzir os resultados de 2021”, tendo obtido sete eleitos entre a Assembleia Municipal e as uniões de freguesias, sem, no entanto, alcançar a eleição de vereadores ou representação na Assembleia de Freguesia da Costa da Caparica.

Os dois partidos destacam ainda que Almada “confirmou a tendência nacional de viragem à direita”, com o PS a vencer as eleições e a reeleger Inês de Medeiros para um terceiro mandato, mas perdendo votação e mandatos. Por outro lado, a “direita reforçou-se”, com a extrema-direita a eleger vereadores pela primeira vez na história democrática local.

Na nota final, as coordenações concelhias do Bloco de Esquerda e do LIVRE agradecem “a todas as pessoas que contribuíram para esta luta” — militantes, independentes, candidatos, simpatizantes e eleitores — “pela confiança e pelo sonho de construir um concelho mais justo, sustentável e solidário”.


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