Bloco de Esquerda denuncia crime ambiental em Poçoilos e exige apuramento de responsabilidades
A Coordenadora Concelhia de Setúbal do Bloco de Esquerda denunciou esta segunda-feira o que considera ser um “crime ambiental” na zona de Poçoilos, em Setúbal, na sequência de descargas irregulares de efluentes atribuídas à empresa Extraoils.

O caso ganhou visibilidade após uma reportagem do canal NOW, emitida a 11 de maio, que expôs práticas alegadamente ilegais de despejo de resíduos na área.
Bloco de Esquerda em comunicado, afirma que a empresa tem um histórico de contestação por parte de populações e entidades ambientais, que remonta há quase uma década, começando no concelho de Torres Novas. Após constrangimentos nessa localidade e posterior atividade em Vendas Novas, a Extraoils enfrenta agora novas acusações em Setúbal, o que leva o partido a exigir o “apuramento dos factos e condenação pelos atos praticados”.
No dia 12 de maio a Câmara Municipal de Setúbal colocou blocos de betão perto do terreno em Poçoilos onde tem havido a descarga irregular de efluentes, para impedir a entrada de veículos pesados no local, e acionou diversas entidades responsáveis — Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), Agência Portuguesa do Amabiente (APA), Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGMAOT) e Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (SEPNA) — para investigar o caso e apurar eventuais ilegalidades ambientais.
O Bloco critica também o papel das entidades de licenciamento e fiscalização, exigindo “o total cumprimento das regras de defesa e proteção do meio ambiente” e alertando para os potenciais impactos negativos nos solos próximos e áreas de árvores envolventes, como também nos lençóis de água.
O comunicado refere ainda que “por proposta do deputado municipal do Bloco de Esquerda, na Comissão de Ambiente e Bem-Estar Animal da Assembleia Municipal de Setúbal”, foi aprovada a audição de representantes das entidades envolvidas. A primeira audição, com a CCDR-LVT, está marcada para a próxima quarta-feira, dia 4 de junho.
O Bloco de Esquerda defende que a população de Setúbal deve ser “informada dos potenciais prejuízos ambientais”resultantes destas descargas, e insiste na responsabilização dos “infratores que venham a ser identificados”.
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